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Equipe de Hang sabia desde abril que Covid-19 não constava no atestado de óbito da mãe

(Porto Velho - RO, 07/05/2021) O empresário Luciano Hang em cerimônia de Inauguração da ponte sobre o Rio Madeira, BR-364, Distrito de Abunã. Foto: Anderson Riedel

O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, sabia, pelo menos, desde 11 de abril, que a Covid-19 não constava no atestado de óbito de sua mãe. Neste dia, a GloboNews questionou a assessoria de imprensa do empresário sobre o motivo da ausência da Covid-19 na certidão de óbito. Regina Hang, de 82 anos, morreu em 4 de fevereiro após complicações relacionadas ao coronavírus.

Hang disse à CPI da Covid nesta quarta-feira (29), no entanto, que soube pela Comissão que a Prevent Senior omitiu a Covid no atestado da mãe.

Em abril, ao ser questionada pela GloboNews sobre qual o motivo da ausência de Covid na declaração de óbito, a equipe de Hang respondeu: “A causa do óbito foram complicações de suas múltiplas comorbidades e uma infecção bacteriana. Quando ela faleceu, já havia sido curada”, diz a mensagem enviada pelo Whatsapp, em abril.

A reportagem da GloboNews conversou com a assessora Liliani Bento, que aparece na página da Havan como assessora de imprensa da empresa.Site da Havan relaciona Liliani Bento em página de contatos de assessoria de imprensa da empresa — Foto: Reprodução/Havan

Site da Havan relaciona Liliani Bento em página de contatos de assessoria de imprensa da empresa — Foto: Reprodução/Havan

Nesta quarta, o empresário disse aos parlamentares que a operadora de saúde forneceu um segundo documento. Segundo ele, esse segundo documento, sim, mencionava a Covid. “Fiquei sabendo através da CPI que tanto o atestado de óbito quanto o prontuário da minha mãe foi pego. E que lá no atestado de óbito não constava Covid. Eu sou leigo, não sei o que tem que botar no atestado de óbito”, declarou Hang.

Em seguida, o empresário afirmou ter sido informado pela Prevent Senior que houve um erro do médico plantonista que atendeu à mãe do empresário.

“Segundo eles, quem preencheu o atestado de óbito foi o plantonista. No dia seguinte, a comissão de controle de infecção hospitalar viu o erro do plantonista,” declarou.

Em maio de 2020, o Ministério da Saúde lançou uma cartilha que orienta a codificação das causas de morte no contexto da Covid-19.

No documento, a pasta cita casos clínicos de pacientes que foram admitidos no hospital com Covid-19 e tiveram, posteriormente, complicações da doença. Nesses casos, a orientação é para que as complicações sejam anotadas antes do diagnóstico de Covid, e que sejam consideradas condições que ocorreram “devido ou como consequência de” Covid-19.

*Com informações do g1

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