A cobertura vacinal dos indígenas nesta região está cerca de 10 pontos percentuais abaixo da registrada entre povos tradicionais de todo o país – a taxa nacional é de 83% para a primeira dose e de 72% para a segunda. O grupo é considerado prioritário pelo PNI.
Uma análise por microrregiões, entretanto, mostra que o índice não corresponde à realidade de todos os povos indígenas da floresta. Na verdade, há um abismo entre aldeias. De acordo com especialistas e envolvidos na campanha, o principal fator é a influência religiosa. As regiões onde há uma presença maior de pastores contrários à vacinação são as que têm as menores taxas.
Acre e Pará são estados com os distritos indígenas com os índices mais baixos. Eles não chegaram a 60% de indígenas vacinados na segunda dose – até 20 pontos percentuais abaixo do que é visto nas etnias de todo o Brasil. Todos os outros estados da Amazônia Legal mantêm uma taxa igual ou acima de 60% na aplicação dos imunizantes, taxas que variam muito de região para região, conforme a reportagem do Cenário MT.