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Ministério da Saúde quer recontar mortes por coronavírus no País

Na avaliação da cúpula da pasta, Estados e municípios estariam manipulando informações para se beneficiarem de recursos do governo federal

O Ministério da Saúde quer recontar as mortes por Covid-19 no País, sob o argumento de que haveria óbitos a mais, ocorridos por outras doenças, mas erroneamente registrados como coronavírus. Na avaliação da cúpula da pasta, Estados e municípios estariam manipulando informações para se beneficiarem de recursos do governo federal.

Segundo Carlos Wizard, os dados atuais seriam “fantasiosos ou manipulados”.  Wizard já despacha na pasta e que assumirá a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. As informações são da jornalista Bela Megale, de O Globo.

Até o momento, nenhum apontamento sobre esses supostos erros foi feito pelo ministério, que ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto. Ao contrário, há um entendimento de que o problema é inverso: milhares de mortos estariam sendo enterrados sem ter a causa da morte devidamente apurada, ou seja, o número total seria maior.

O próprio Ministério da Saúde informava, até a última quinta-feira (4), que havia mais de 4 mil mortes sendo investigadas, além daquelas já confirmadas. Esses dados já não constavam no balanço desta sexta-feira.

Depois de o Ministério da Saúde atrasar o horário de divulgação de dados do novo coronavírus e deixar de divulgar o número total de mortos e contaminados, o site do governo que traz os dados sobre a doença no País continua fora do ar.

Em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro disse que a pasta “adequou a divulgação dos dados sobre casos e mortes” para “maior precisão”. O portal do Ministério da Saúde que divulga dados do novo coronavírus está fora do ar desde esta sexta-feira (5).

Em sua conta do Twitter, Bolsonaro disse que o ministério optou pela divulgação às 22h, para evitar “subnotificação e inconsistências” e que as rotinas e fluxos estão sendo “adequados” para garantir a “melhor extração” dos dados diários, o que demanda aguardar relatórios das secretarias estaduais e a checagem do dados. “A divulgação entre 17h e 19h, ainda havia risco subnotificação. Os fluxos estão sendo padronizados e adequados para a melhor precisão”, escreveu.

Ao longo do enfrentamento da doença, a coleta de informações evoluiu com capacitação e serviços laboratoriais. As medidas, assim, permitem obter dados mais precisos sobre cada região. Nesta sexta, ao ser questionado sobre a mudança no horário, na porta do Palácio da Alvorada, o presidente disse: “Acabou a matéria no Jornal Nacional”.

No Twitter, Bolsonaro também tentou justificar o fato de o Ministério da Saúde não informar mais os números acumulados de casos e mortes causados pelo coronavírus. “Ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do País”, disse.

O presidente tuitou, ainda, que “outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica”, sem especificar. Bolsonaro disse, também, na rede social que a coleta de informações evoluiu e permite obter dados mais precisos sobre cada região.

“A divulgação dos dados de 24 horas permite acompanhar a realidade do País neste momento e definir estratégias adequadas para o atendimento a população. A curva de casos mostram as situações como as cenários mais críticos, as reversões de quadros e a necessidade para preparação”, escreveu o presidente.

Diante do atraso do governo em divulgar os números, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, disse que cogita propor à Corte de Contas que consolide e divulgue os dados diariamente, até as 18h. Em sua conta na rede social Twitter, Dantas disse que vai fazer a sugestão aos ministros do tribunal. Caberia ao órgão coletar os dados junto a tribunais de contas estaduais e consolidar as informações.

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