Search
booked.net
Search
Close this search box.

Curados do novo coronavírus: casal de médicos, universitária e microempresário relatam com emoção tudo o que viveram

O Dia a Dia On-line conversou com algumas pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus, mas agora, já recuperadas, elas relatam com emoção suas histórias

Com o número crescente de infectados e mortes ao redor do mundo, é fácil se esquecer que centenas de milhares de pessoas conseguiram se recuperar da covid-19. No Amazonas, do total de 11.925 casos confirmados, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), 6.504 pessoas já passaram pelo período de quarentena (14 dias) e se recuperaram da doença.

O Dia a Dia On-line conversou com algumas pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus, mas agora, já recuperadas, elas relatam com emoção suas histórias.

“A sensação é de que não ia conseguir mais respirar, tive medo de morrer antes de chegar ao hospital”, o relato é do microempresário Tomaz de Souza. No dia 3 de março passado, ele começou a sentir fraqueza, dor no corpo e dor na garganta, com o passar dos dias, os sintomas aumentaram, além da garganta inflamada surgiu a falta de ar. Dez dias depois, Tomaz teve de ser internado.

“Meu pulmão estava comprometido e os médicos me internaram na mesma hora. Fique seis dias no hospital tomando medicação. Muita gente no hospital na mesma situação, a falta de ar era a pior sensação, fadigado, você não consegue nem comer, emagreci nove quilos”, disse.

 

Após o tratamento, ele foi liberado pelos médicos para voltar para casa. Hoje ele continua tomando medicação para tratar um edema no pulmão, continua na quarentena para ajudar na recuperação do corpo e alerta os amigos sobre os cuidados necessários.

 

“Eu falo para o meu filho, para os conhecidos, se cuidem! Para uma pessoa da minha idade, já tenho 60 anos, é muito difícil. Eu não consigo nem descrever a sensação de medo, você puxar o ar e não conseguir respirar. Já estou há um mês em casa, e continuo tomando todos os cuidados”.

 

Casal de médicos

 

No Amazonas, mais de seis mil pessoas se recuperam da Covid-19, algumas fazendo o tratamento em casa, seguindo as recomendações como o caso da médica mastologista e obstetra Tatiana Valois e o marido, também médico, que foram diagnosticados com o vírus.

“Nós estávamos trabalhando na linha de frente com os atendimentos. No dia 11 de abril, meu marido começou a sentir cala frio, tosse, mal-estar, cansaço, três dias depois eu comecei a sentir os mesmos sintomas, além de não sentir mais o gosto e nem o cheiro dos alimentos. Fizemos o teste PCR que comprovou a doença”.

 

O casal de médicos seguiu o tratamento em casa. Com as duas filhas, uma de 10 e outra de 4 anos, eles tinham o trabalho dobrado, de separar os utensílios, evitar o contato direto com as crianças e também usavam máscaras na maior parte do tempo. Sem conseguir segurar as lágrimas, Valois ainda se emociona ao lembrar tudo que viveu.

 

“A primeira semana foi a pior, doía tomar banho, tiveram dias que meu marido e eu chorávamos com medo do que poderia acontecer, é uma doença nova. Tudo isso mexe com o psicológico, somos médicos, conhecemos um pouco da dinâmica da doença, mas os especialistas ainda estão estudando o vírus. Hoje nós agradecemos a Deus por estarmos bem”.

 

O casal fez outro teste, de sorologia, que confirmou a presença de anticorpos. Recuperados, hoje eles reforçam a necessidade dos cuidados para evitar o contágio.

 

Avó e neta

A universitária Victória Linhares também viveu dias “terríveis”, como ela descreve. Ela e a avó de 61 anos tiveram a doença, a avó, apesar da idade, se recuperou primeiro, já Victória conta que chegou a desmaiar com falta de ar.

 

“Eu achava que era uma gripe leve, os primeiros sintomas foram coriza e mal-estar, por isso não suspeitei no início. Uma semana depois tive todos os sintomas “gerais” de covid-19 em um único dia, falta de olfato e paladar, tosse, febre, falta de ar e muita dor no corpo. No oitavo dia não consegui levantar da cama e gritei pela minha mãe porque não conseguia respirar, pedi que ela me levasse até a janela, e quando ela me carregou para eu chegar até lá, desmaiei”.

 

Ela conta que sensação de perder os sentidos e desmaiar se deu por várias vezes, o exame confirmou o covid-19, e com as recomendações médicas, Victória seguiu o tratamento em casa, assim como a avó. Elas ficaram em quartos separados dos restantes e evitavam o contato.

 

“Hoje estamos melhor, minha avó teve os sintomas mais leves e está curada,  eu fiz o teste de sorologia hoje, mas tudo que indica que também estou, continuo com tosse e vou continuar com a quarentena, não só por mim, mas para proteger os outros. Eu digo para todo mundo, precisamos proteger os outros, eu não estou no grupo de risco, tenho 22 anos e nenhum histórico de doenças respiratórias, mas vivi uma sensação desesperadora, a de desfalecer por não conseguir respirar. Então, se proteja, proteja quem você ama”.

 

Distanciamento Social

 

Em menos de dois meses, o covid-19 infectou mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo, por isso o distanciamento social é a medida de contenção recomendada pelos órgãos de saúde em vários países. O objetivo é reduzir o número de pessoas infectadas e evitar um colapso no sistema de saúde, como já aconteceu em algumas cidades.

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.