*Da Redação do Dia a Dia Notícia
As mulheres também precisam tomar cuidados urológicos. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, seccional Amazonas (SBU-AM), Giuseppe Figliuolo, os problemas como infecções, tumores, e fístulas atingem especialmente o grupo feminino que têm 50 anos ou mais.
Ainda segundo o médico em saúde coletiva e sócio-proprietário da Urocentro Manaus, para a maior parte da população, o urologista está para os homens como os ginecologistas estão para as mulheres, quando o assunto é check up médico e rastreio de eventuais alterações de saúde.
“É verdade que o urologista é um dos principais profissionais acionados quando se trata da saúde do homem. Mas, há alterações específicas em mulheres, que necessitam da intervenção desse especialista. Entre elas, estão vários tipos de câncer, como os de rim, bexiga, entre outros do trato urinário”, relatou o doutor.
Em um levantamento foram constatados os problemas mais comuns tratados no consultório urológico, principalmente em mulheres com idade de 50 anos para cima, e que buscam investigar sintomas comuns a diversas patologias.
Conheça os problemas mais comuns nessa parcela da população
- Infecções urinárias (muitas vezes de repetição);
- Cálculos urinários;
- Tumores urológicos malignos e benignos (incluindo os renais, de bexiga, ureter e uretra);
- Hiperatividade da bexiga;
- Divertículo de uretra;
- Fístula vesico-vaginal.
O especialista ainda explica, que no caso das infecções urinárias, o urologista é um dos especialistas capacitados a investigar a causa do problema, que ocorre de forma repetitiva em parte das pacientes.
“Um exemplo clássico está ligado às gestantes, que podem desenvolver infecções urinárias repetidas vezes, por conta das alterações no corpo da mulher durante a gravidez. Tecnicamente falando, a progesterona, hormônio produzido pelas células dos ovários, acaba reduzindo a contração involuntária dos ureteres, chamada de peristaltismo. Essa alteração, somada à compressão do útero, pode provocar a retenção da urina, aumentando as chances de se desenvolver a infecção urinária”, destacou.
É importante ressaltar que, todavia, as infecções urinárias não são um risco apenas para gestantes.
“Qualquer mulher tem maiores chances de desenvolver uma infecção urinária se comparada a um homem. Isso ocorre devido à formação de seu aparelho urinário, uma vez que a uretra feminina é mais curta que a masculina, o que as torna mais vulneráveis à alteração”, disse Figliuolo.
Os casos da bexiga hiperativa, também são caracterizados pelo aumento da frequência urinária, que atinge boa parte das pacientes urológicas e pode resultar em problemas secundários. Portanto, é necessário investigar a causa o mais breve possível.
“Há situações em que ela está associada à incontinência urinária, o que requer tratamento, que pode ser medicamentoso e até cirúrgico para correção, já que é um problema que pode causar depressão e influenciar no convívio social das pacientes”, afirmou.
O doutor concluiu informando que a maior parte das patologias tem tratamento curativo, ou, terapia voltada à redução de seus impactos na qualidade de vida das mulheres.
“É importante explicar que muitas mulheres sofrem com problemas urológicos, quando poderiam ter uma vida normal, controlando suas alterações”, destacou.
É importantíssimo procurar um especialista, evitar automedicar-se, além de realizar o tratamento conforme o recomendado.