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Câncer de bexiga em foco no mês voltado à saúde do homem

Com a expectativa de vida sete anos menor que a das mulheres, os homens têm sido alvo de diversas campanhas de saúde. Neste mês de julho, quando é comemorado o Dia do Homem, data do calendário nacional que busca alertar para a importância da conscientização e do rastreio das doenças que afetam a população masculina, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) chama a atenção para o câncer de bexiga.

Filiado à SBU, o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo, explica que, trata-se do segundo tipo de câncer urológico mais incidente em homens no Brasil, com 7.590 casos estimados ao ano pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde. No Amazonas, a estatística ainda é tímida: 30 casos ao ano para a população masculina. Mas, acredita-se que haja uma subnotificação de casos na região.

Doutor em saúde coletiva, Figliuolo destaca que, apesar das inúmeras campanhas educativas circulando na mídia, desde 2004, as mulheres são muito mais presentes nos consultórios médicos, para cuidar da saúde e buscar a prevenção, do que os homens.

“A questão ainda envolve muito tabu e preconceito, o que, de fato, acaba resultando na morte precoce de muitos homens, por doenças que podem ser controladas e tratadas. O câncer é um exemplo importante: quando diagnosticado cedo, dependendo do tipo e do estadiamento, tem as chances de cura elevadas em até 90%. O grande desafio é levar a população masculina aos consultórios em outros meses do ano, não apenas no ‘Novembro Azul’, movimento que se tornou importante como alerta, mas que atua especificamente no caso do câncer de próstata”, frisou o especialista.

Faixa etária e fatores de risco

Giuseppe Figliuolo explica que o câncer de bexiga é mais comum a partir dos 55 anos e só perde em números absolutos, para o câncer de próstata, quando se trata dos tumores urológicos em homens no país. A doença tem vários fatores de risco, mas, o principal deles, é o tabagismo, que está relacionado a até 70% dos casos. “As substâncias químicas contidas no cigarro acabam sendo eliminadas pelos rins e indo para a bexiga, para serem eliminadas pela urina. Nesse processo, elas agridem as paredes da bexiga, causando diversas alterações, entre elas, o câncer”, explicou.

Na fase inicial, dificilmente, a doença causa sintomas claros. Mas, na intermediária e na avançada, apresenta sinais como: dor lombar, inchaço nos pés, impossibilidade ou dificuldade para urinar, perda de apetite e de peso, dor óssea e até sangue na urina. “O processo de diagnóstico envolve exames laboratoriais, de imagem e biópsia (retirada cirúrgica de fragmento para análise patológica). Já o tratamento, pode requerer cirurgia, complementação de quimioterapia e até radioterapia. Mas, cada caso, é um caso”, destacou Figliuolo.

Ele também explica que, apesar de a campanha da SBU ter como principal mensagem “homens precisam cuidar melhor da saúde”, é importante frisar que o câncer de bexiga pode atingir tanto homens, quanto mulheres. A prevenção inclui evitar o fumo e a exposição à fumaça do cigarro, evitar a exposição a produtos químicos, consumir frutas e verduras e tomar pelo menos dois litros de água ao dia.

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