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Ufam define planejamento para volta de aulas presenciais na capital e interior

(Foto: Carolina Diniz / G1AM)

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

Esta semana foi divulgada uma Nota Técnica por meio do Comitê Interno de Enfrentamento do Surto Epidemiológico do novo coronavírus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) com orientações quanto ao planejamento e execução das fases de flexibilização para atividades presencias na capital e interior.

O objetivo é orientar quanto ao cumprimento das medidas de intervenção para o planejamento e execução das fases de flexibilização das atividades presenciais acadêmicas e administrativas, proposta apresentada é de que a flexibilização das atividades presenciais ocorra de maneira escalonada e híbrida conforme os critérios de risco do cenário epidemiológico constante no Plano de Biossegurança da Universidade.

A flexibilização das atividades presenciais nos campi e unidades acadêmicas contará com três fases a serem implementadas: adaptação, implantação e avaliação. As fases irão ocorrer de forma sequencial e avançarão de acordo com os resultados do monitoramento de casos suspeitos da doença no local. Cada fase irá contar com ações específicas com o intuito de gerar informações sobre a classificação de risco de disseminação do Covid-19.

(Foto: Reprodução / Gilson Melo)

De acordo com a Nota Técnica, cada um dos campi e unidades deverão realizar o mapeamento dos seus setores, incluindo a prioridade de grupos para atendimento e do limite de ocupação dos ambientes em cada nível de risco, segundo o cálculo de lotação dos espaços fechados do Plano de Biossegurança da Ufam.

As atividades e a ocupação de ambientes na estrutura das unidades acadêmicas de Manaus e nos campi, passam a ser avaliados com um grau de risco classificado como alto, médio e baixo. São atividades como eventos, processos seletivos, restaurante universitário, laboratórios, ginásios, centros de convivência, auditórios, salas de aula, banheiros, áreas administrativas e demais espaços.

Eventos que forem classificados como de alto risco ficam proibidos, se forem classificados de médio risco podem conter ocupação de 25% e se classificado de baixo risco podem contar com 75% da ocupação. A Nota Técnica pode ser consultada através do site da Ufam.

Longe da normalidade

Em contrapartida, dias antes da divulgação da Nota Técnica pela universidade, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) emitiu uma nota pública no último dia 9, sobre o retorno das atividades acadêmicas da Ufam que acontecem de forma remota. De acordo com a nota, a Adua ressalta que não voltará a normalidade, que nunca houve, mesmo antes da pandemia.

“Continuamos em ritmo de barbárie e sob Estado de Exceção. Nenhuma vida a menos! Nenhum direito a menos! Nem um passo atrás! Cada colega servidor(a), docente e técnico(a)-administrativo(a), discente e funcionário(a) terceirizado(a) da Ufam que sofreu a perda de um familiar, parente ou colega, terá em nós a solidariedade classista e humana. Não nos calarão!”, afirma a entidade através da nota.

Confira a nota emitida pela entidade:

NOSSOS INIMIGOS DIZEM

Bertolt Brecht (1898-1956)

Nossos inimigos dizem: A luta terminou

Mas nós dizemos: ela apenas começou

Nossos inimigos dizem: A verdade está liquidada

Mas nós dizemos: Nós a sabemos ainda

Nossos inimigos dizem: Mesmo que ainda se conheça a verdade

Ela não pode mais ser divulgada

Mas nós a divulgamos

É a véspera da batalha

É a preparação de nossos quadros

É o estudo do plano de luta

É o dia antes da queda

De nossos inimigos

Neste dia 10 de agosto de 2021, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) retoma, ainda de forma remota, as atividades do calendário acadêmico do semestre de 2020/02, suspenso por força da pandemia de covid-19, cujas consequências no Brasil e no Amazonas foram agravadas pela política da morte promovida pelas instâncias de governo nos níveis federal, estadual e municipal. O Estado brasileiro consorciou-se ao poder devastador do vírus. Para quem resistiu e continua na resistência ao arbítrio e ao desmonte de direitos, nenhuma morte é número. Para nós, cada vida perdida tem nome. E continuaremos a falar por eles e por elas. Pelas vidas que nos foram subtraídas.

Não voltamos à normalidade que nunca houve, mesmo antes da pandemia. Continuamos em ritmo de barbárie e sob Estado de Exceção.

Nenhuma vida a menos! Nenhum direito a menos! Nem um passo atrás! Cada colega servidor(a), docente e técnico(a)-administrativo(a), discente e funcionário(a) terceirizado(a) da UFAM que sofreu a perda de um familiar,

parente ou colega, terá em nós, da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA – Seção Sindical do ANDES-SN), a solidariedade classista e humana. Não nos calarão!

Onde estão as instituições da República? Seguirão omissas diante das seguidas agressões ao Estado Democrático de Direito? Terá a ordem do crime e da destruição adquirido estatuto de lei e tornado letra morta a chamada Constituição Cidadã de 1988? Configura crime gritar pelo direito à vida nela formalmente ainda garantido? A UFAM, como instituição federal e pública de ensino, deve ser para cada docente um espaço de afirmação e de defesa dos direitos coletivos, notadamente do sagrado direito à educação.

Neste 2021, no centenário de nascimento de Paulo Freire, e aos 50 anos da morte (em circunstâncias nunca explicadas) de Anísio Teixeira, é um dever de cidadania educativa trazer à memória coletiva a vida e a práxis desses dois grandes educadores.

Não podemos permitir nem o esquecimento fabricado nem os ultrajes da ignorância arrogante sobre a trajetória intelectual de Paulo Freire e Anísio Teixeira, dois brasileiros que imprimiram em suas vidas a defesa do direito das

classes oprimidas à educação, da educação pública como direito e jamais como privilégio.

Somente a luta muda a vida. Somente a grande luta muda a história. Em defesa da vida socialmente vulnerabilizada; em defesa da classe que vive do trabalho e produz riqueza; em defesa dos(as) empobrecidos(as), dos povos indígenas, da população negra, das mulheres vítimas do machismo e do feminicídio, da população de rua, da população carcerária, dos (as) subempregados (as), dos (as) milhões de brasileiros(as) que sobrevivem da informalidade. Em defesa dos direitos e das garantias fundamentais formalmente constitucionalizadas!

Diretoria da ADUA – Seção Sindical do ANDES-SN

Biênio 2020-2022

Manaus (AM), 09 de agosto de 2021

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