*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
A primeira semana de março não foi fácil para a Amazonas Energia. Em pouco mais de três dias, a concessionária viu a população de Manaus se revoltar contra a instalação do Sistema de Medição Centralizada (SMC), também conhecidos como medidores aéreos, bem como parlamentares municipais e estaduais apresentarem novos projetos de lei para barrar o sistema. A briga com a empresa recomeçou após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a lei estadual que proibia a instalação de novos medidores aéreos, permitindo que a Amazonas Energia recomeçasse a colocá-los nos postos de Manaus.
Na manhã desta sexta-feira (3/2), moradores do bairro Dom Pedro organizaram um protesto contra a empresa. O movimento contou com a participação dos vereadores Caio André (PSC) e Sassá da Construção Civil (PT), que reiteradamente discursam contra os medidores na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Presidente da casa legislativa municipal, Caio André afirmou aos manifestantes que “a empresa precisa entender de uma vez por todas que esse serviço público concedido volta em forma de serviço para nós consumidores da população da cidade de Manaus, e nós estamos dizendo, reiteradamente, bairro por bairro, que não queremos esse tipo de ligação”.
O vereador é autor de um projeto de lei que impede a instalação de novos medidores aéreos pela poluição visual que causam na cidade de Manaus. Na última terça-feira (28/2), Caio André pediu celeridade na análise do projeto ao vereador Gilmar Nascimento (União), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da CMM.
Também presente no protesto, Sassá afirmou que projeto será aprovado na Câmara, “mas precisamos do apoio da população, a população tem que estar na rua cobrando, porque quem paga a conta são vocês”.
A medida uniu até adversários na casa, como os vereadores Fransuá (PV), líder da prefeitura de Manaus, e Rodrigo Guedes (Republicanos), opositor ferrenho de David Almeida (Avante).
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Apagão na Aleam
A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) também tornou a Amazonas Energia um alvo mais uma vez. Quase um ano após a CPI da Energia, o deputado estadual Sinésio Campos (PT) apresentou um requerimento para instalar uma nova frente parlamentar contra os medidores aéreos.
Na última sessão dessa semana, ocorreu ironicamente um apagão na Aleam justamente antes da fala de Sinésio Campos. O deputado reiterou suas posições contra a concessionária e chamou a empresa de “praga”. Na mesma sessão, a luz falhou mais uma vez durante a fala do deputado Delegado Péricles (PL).
