*Da Redação Dia a Dia Notícia
O ex-PM Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do atentado que matou a vereadora e seu motorista. A informação foi divulgada pelo Intercept Brasil nesta terça-feira (23).
Preso desde março de 2019, Lessa fez acordo de delação com a Polícia Federal. O acordo precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Brazão possui foro privilegiado por ser conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.
De acordo com o Intercept, o advogado Márcio Palma, que representa Domingos Brazão, disse não ter conhecimento dessa informação. Ele também afirmou que tudo o que sabe sobre o caso é pelo que acompanha pela imprensa.
Em entrevistas anteriores com a imprensa, Domingos Brazão sempre negou qualquer participação no crime.
Élcio Queiroz, também ex-policial militar, preso por participar da morte da vereadora, já havia feito uma delação em julho do ano passado. À PF, ele confessou que dirigiu o carro durante o atentado. O crime aconteceu no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
Ex-filiado ao MDB, Domingos Brazão figurou entre os suspeitos do caso. Em 2019, chegou a ser acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República, a PGR, de obstruir as investigações.
A principal hipótese para que Domingos Brazão ordenasse o atentado contra Marielle é vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo Psol, hoje no PT, e atual presidente da Embratur.