O Governo do Amazonas informou, na manhã desta quarta-feira, que os agentes da Polícia Civil foram acionados às 5h de hoje para comparecerem à sede do Ministério Público, onde receberam os mandados judiciais.
De acordo com a Revista Cenarium, o governo explicou que a polícia trabalha de forma autônoma e está dando o apoio necessário aos membros do Ministério Público na operação que investiga ilegalidades na Secretaria de Saúde.
Durante o cumprimento dos mandados de buscas nesta quarta-feira, o material a ser apreendido pertence a empresários e servidores públicos da Susam, incluídos ex-secretários de Estado. Entre os alvos da operação, estão residências particulares e a sede da Secretaria de Saúde do Amazonas.
Os elementos de prova colhidos, até o presente momento, apontam que a contratação, acima referida foi direcionada para que determinada empresa fosse escolhida para fornecer equipamentos médicos para a Susam, fornecimento esse que apresenta fortes evidências de superfaturamento.
Acompanhamento
No ano passado, o Ministério Público implantou um anexo da Gaeco dentro da Susam para acompanhar os contratos da secretaria. A entrada dos promotores teve o apoio do próprio Governo do Estado, que disponibilizou uma estrutura física para o departamento.
Neste ano, a compra de ventiladores para tratamento de pacientes com Covid-19 ganhou repercussão nacional. A Susam pagou R$ 2,9 milhões em em 28 respiradores pulmonares para tratar de pessoas infectadas pela Covid-19. Equipamentos foram adquiridos da Vineria Adega, loja de vinhos considerada ponto de encontro de políticos e empresários na região.
A nota fiscal da compra consta que 24 ventiladores da marca REsmed foram comprados a R$ 104,4 mil, cada. O mesmo equipamento no mercado brasileiro é encontrado pelo valor médio de R$ 25 mil, a unidade. A diferença de 316% chamou a atenção dos órgãos fiscalizadores.