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No Pará, aldeias indígenas Parakanã sofrem ataques de grileiros

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Nesta segunda-feira (16), relatos afirmam que grileiros montados em cavalos invadiram duas aldeias Ka’a’ete e Tekatawa instaurando terror e causando tensão. Atualmente, o Brasil tem vivido uma onda de ataques violentos aos povos indígenas, como aconteceu com indígenas Yanomami no estado de Roraima. Desta vez, os alvos foram os Parakanã, da Terra Indígena Apyterewa no estado do Pará.

A Terra Indígena Apyterewa está entre as mais desmatadas da Amazônia e sofre com a invasão ilegal de suas terras. A maior parte do território está tomado por grileiros, processo que se intensificou com uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, de aceitar uma eventual conciliação entre o município de São Félix do Xingu e o Povo Parakanã para rever limites da terra indígena.

No ano de 2020, o ministro autorizou um processo de conciliação que estimulou ainda mais a grilagem e o desmatamento ao criar uma expectativa de regularização da invasão legal.

Durante a nova onda de invasão, 17 famílias dos Parakanã decidiram abrir duas aldeias no interior do território — Ka’a’ete e Tekatawa— com o intuito de ampliar a área de ocupação indígena e a proteção territorial. As aldeias, porém, estão muito próximas da área de invasão, dentro das fazendas dos grileiros, deixando esses indígenas numa situação de vulnerabilidade extrema.

Desde o domingo (15), indígenas receberam a informação de que fazendeiros invasores estariam se organizando em grupos para cercar as duas aldeias e invadir a moradia dos indígenas a cavalo. Fato que se concretizou nesta segunda-feira (16).

Segundo o MPF, no domingo, o superintendente da Polícia Federal em Belém e o delegado de Redenção, cidade mais próxima ao possível local dos ataques, foram avisados das ameaças. A área é de difícil acesso, por isso, MPF e órgãos de segurança tentam viabilizar medidas prioritárias de segurança para evitar violência contra as aldeias Parakanã.

De acordo com lideranças, indígenas que vivem à beira do Rio Xingu, numa área mais distante das invasões, se preparam para uma expedição às aldeias que estão sob ataques, com o intuito de tentar protegê-los da violência dos invasores.

*Com informações do Instituto Socioambiental 

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