A iniciativa partiu da vereadora Márcia Baranda, vice-presidente da Câmara, após sugestão de Rossy Amoedo, presidente do Boi Caprichoso. Para Baranda, Milton Cunha representa um elo fundamental entre Parintins e o restante do país. “Ele usa seu prestígio e visibilidade para colocar Parintins no mapa da cultura brasileira e internacional. Seu amor pelo festival vai além do palco — está nos bastidores, nas pessoas que constroem essa festa com as próprias mãos”, afirmou a parlamentar.
A cerimônia contou com a presença de importantes figuras locais, incluindo o prefeito Mateus Assayag e os presidentes dos bois-bumbás, Rossy Amoedo (Caprichoso) e Fred Góes (Garantido). Ambos os grupos folclóricos prestaram homenagens emocionantes a Cunha, que há décadas tem uma participação ativa no festival, seja como comentarista, entusiasta ou pesquisador.
Milton Cunha é doutor em Letras, com especialização em manifestações populares, e atualmente conduz uma pesquisa de pós-doutorado no Museu Nacional da UFRJ, focada no Boi de Parintins como uma expressão cultural dos povos da floresta. Seu envolvimento com a festa remonta à década de 1970, e seu trabalho é amplamente reconhecido por dar visibilidade e valor a todos os profissionais envolvidos no espetáculo, desde escultores a costureiras. Um marco de sua trajetória foi em 1994, quando levou artesãos parintinenses ao Rio de Janeiro para colaborar com a Beija-Flor de Nilópolis, resultando na conquista do prêmio Estandarte de Ouro.