*Da Redação Dia a Dia Notícia
Pré-candidato ao Senado Federal pelo Amazonas, o coronel Alfredo Menezes (PL) debochou dos números divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que constatou que o desmatamento atingiu 778 quilômetros quadrados na Amazônia no mês de abril, maior valor para o mês em 10 anos.
As informações são do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), que monitora a região via satélites. O número também representa um aumento de 45% em relação a abril de 2020, quando o desmatamento somou 536 km².
No ranking dos estados com maior área desmatada, o Amazonas lidera a lista com a maior parte do percentual (28%), seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%), Rondônia (16%), Roraima (5%), Maranhão (2%) e Acre (1%). Em Lábrea e Apuí, no Amazonas, municípios que lideram o ranking dos 10 que mais desmataram, houve perda de 126 km2 de floresta, o que representa quase 60% de todo o desmatamento do Estado detectado em abril.
Deboche
Em suas redes sociais, Menezes fez pouco caso da devastação na Amazônia Legal. O candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou um vídeo passando creme na cabeça e escrevendo que o “único lugar na Amazônia que está devastado… minha careca”.
Esta não é a primeira polêmica em relação à Amâzonia na qual Menezes está envolvido. Em meio aos ataques do governo federal à Zona Franca de Manaus, o ex-superintendente da Suframa declarou o Brasil não pode ficar travado por causa do Polo Industrial de Manaus. O modelo que sustenta o maior estado do Norte é capaz de combinar geração de empregos e preservação ambiental. Sem a Zona Franca, trabalhadores podem ser obrigados a partir para o extrativismo de madeira e garimpo, prejudiciais à Amazônia.
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