*Por Audrey Bezerra
Mariana é o berço da capitania das Minas Gerais, sendo a primeira vila e posteriormente a primeira cidade e capital do estado. Uma cidade que apesar da sua simplicidade é uma das mais importantes do ‘Circuito do Ouro’. A cerca de 12 km de Ouro Preto e a 110 km de Belo Horizonte, Mariana possui um rico projeto arquitetônico em estilo barroco, considerada uma das mais belas do Brasil, e também mantém obras de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
É uma cidade pequena, porém, aconchegante, planejada. É um local que não pode faltar no roteiro. Possui bons lugares para comer. Dá para conhecer a cidade a pé.
Pelas ruas é possível conhecer a história da cidade e de seus ilustres filhos, tais como o pintor sacro Manuel da Costa Athayde, o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa e o autor do poema Caramuru, Frei Santa Rita Durão.

Mariana preserva um centro histórico tombado pelo IPHAN, onde casarões coloniais, igrejas barrocas e ruas de pedra contam a história do Brasil do século XVIII. A Catedral da Sé, uma das igrejas mais antigas do país, abriga um raro órgão Arp Schnitger de 1701 — um dos únicos do mundo fora da Europa ainda em funcionamento.

Entre os destaques também está a Igreja de São Francisco de Assis, com obras atribuídas a Aleijadinho e pinturas de Mestre Ataíde.
Um passeio pela Praça Gomes Freire, também conhecida como Jardim, revela a atmosfera tranquila da cidade e é ideal para cafés e boas conversas com moradores.
Na gastronomia, delícias típicas como feijão tropeiro, frango com quiabo, angu e doce de leite artesanal ganham destaque em restaurantes e quitandas. Mariana também conta com cafeterias coloniais e cervejarias artesanais, que atualizam os sabores mineiros com toques contemporâneos.

Curiosidades sobre Mariana:
- Foi a primeira vila, cidade e capital de Minas Gerais, em 1711, por ordem de Dom João V.
- O nome é uma homenagem à rainha Maria Ana da Áustria, esposa de Dom João V.
- Mariana possui a única catedral barroca com órgão do século XVII em funcionamento no Brasil.
- A cidade abriga o Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, com documentos raros do século XVIII.
- Apesar do impacto do rompimento da barragem de Fundão (2015), Mariana tem investido em turismo sustentável e ações de recuperação cultural e ambiental.