*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Justiça Federal do Amazonas negou nesta sexta-feira (28/10) um pedido de liberdade solicitado pelos advogados de Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinda. Os três são acusados de executar o jornalista Dom Philips e o indigenista Bruno Pereira em junho deste ano, no Vale do Javari, Amazonas. A Justiça os acusa de duplo homicídio qualificado com agravante de motivo torpe e ocultação de cadáver.
Segundo o advogado Aldo Raphael de Oliveira, os acusados foram torturados e estariam sendo privados de alimentação adequada e banho de sol na prisão. A defesa alega ainda que Oseney seria inocente e que teria confessado o crime sob tortura “na delegacia de Polícia Civil em Atalaia do Norte”. Aldo afirma também que as autoridades forçaram Oseney a envolver outras pessoas falsamente.
“O denunciado é analfabeto, e, ao chegar na sede da Superintendência da Polícia Federal, sofreu bastante tortura psicológica ao ser interrogado sem a presença de seus advogados”, disse Oliveira, que também pediu que o caso fosse retirado da esfera federal.
O juiz federal Fabiano Verli negou a soltura dos três acusados, mas pediu a opinião do Ministério Público do Amazonas sobre a retirada do caso da Justiça Federal.