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Herdeiros de Tupã: conheça obra feita por aluno egresso da UEA sobre folclore brasileiro

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Jonatan Lopes, recém-formado em Letras – Língua Portuguesa pelo Núcleo de Ensino Superior de Presidente Figueiredo da Universidade do Estado do Amazonas (Nespf/UEA), lançou seu primeiro romance solo intitulado “Herdeiros de Tupã”. O livro tem como tema o folclore brasileiro. A pré-venda estará aberta até o dia 25 de março. O livro fala de dois jovens, Raoni e Ayra, que descobrem serem filhos de deuses indígenas imortais. E, com seus dons, veio também o desafio de manter Manaus em pé, diante de um clã inimigo. A jornada de ambos é entrelaçada às perdas familiares e responsabilidades que vão além do que estão acostumados na vida pacata que levam na escola.

A pré-venda encontra-se disponível pelo aqui. Em entrevista à Assessoria de Comunicação da UEA (Ascom/UEA), o autor conta um pouco sobre o processo de criação da obra, bem como a importância do livro de fantasia voltado para o folclore brasileiro.

Como surgiu a ideia de criar um livro?

A ideia de Herdeiros surgiu de um conto meu intitulado “Tributos ao legislador”, presente em “Vozes da Terra 1”, uma antologia folclórica publicada em 2018. A ideia de expandir o universo do conto para um livro em formato de romance veio logo depois das discussões sobre a valorização da cultura brasileira, mais especificamente a indígena, os ritos, as entidades, as lendas e os mitos e criaturas.

Como funcionou o processo de criação?

O processo de criação iniciou em 2018, mais especificamente em novembro, mês do NaNoWrimo, um evento internacional de escrita intensiva que ocorre todo ano. E depois dei continuidade, em 2020, no ápice da pandemia da Covid-19. Foram dias me debruçando em leituras, escrita e reescrita para que eu pudesse escrever algo coerente com a realidade amazonense.

Qual a importância dessa obra?

A valorização do folclore brasileiro. Os elementos do Norte do país, escrito por quem mora aqui. Além da representatividade da comunidade LGBTQIA+ e de elementos da cultura indígena.

Quais foram as suas inspirações?

Grande parte das minhas inspirações vieram das letras das toadas do Boi Garantido. Leituras de livros nacionais como A Selva, de Ferreira de Castro; Teia de Vidro, de Aurélio Nery; As Crônicas dos Kanes, de Rick Riordan; além das minhas aulas de literatura indígena no curso de Letras – Língua Portuguesa.

Pretende escrever mais livros voltados para essa temática?

Sim. O livro é apenas o início de outros projetos que tenho em mente. As ideias ficam cada vez melhores conforme vou conhecendo a riqueza da nossa cultura, do nosso povo. Nossos jovens podem, sim, consumir literatura fantástica, com temáticas atuais, com problemas atuais, derrubar o tabu de que ficção especulativa não é útil. Precisamos consumir a arte da nossa terra, nos voltarmos para nós e enxergarmos o que há de bom, o que pode ser melhorado ou o que há de melhor que pode ser aperfeiçoado.

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