*Lucas dos Santos – Especial para Dia a Dia Notícia
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), projeta que a federação União Progressista poderá caminhar ao lado do Partido Liberal (PL) no estado em 2026. A federação foi lançada nessa terça-feira (29) e uniu os partidos União Brasil e Progressistas (PP) pelos próximos quatro anos, apesar de ainda precisar ser homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Presidente do União Brasil e agora acumulando a função de presidente da federação no Amazonas, o governador afirmou que possui “uma boa relação com o presidente Alfredo [Nascimento]”, chefe do PL no estado, assim como com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros membros do partido, “então eu vejo como uma possibilidade muito real”.
A fala vem na esteira da aproximação aberta do governador com o bolsonarismo. Reeleito governador em 2022, Wilson Lima só poderá concorrer a senador em 2026 ou permanecer no cargo e não disputar o pleito. Contudo, o PL já possui o deputado Capitão Alberto Neto como pré-candidato ao Senado, o que pode gerar algumas travas. Quem poderia se beneficiar desse movimento, no entanto, é a empresária Maria do Carmo Seffair, pré-candidata ao governo pelo PL.
Uma aliança com a federação União Progressista será algo cobiçado no próximo pleito, já que terá direito à maior fatia dos fundos eleitoral e partidário. No dispositivo da federação, os partidos precisam agir como uma única agremiação por quatro anos. Somados, o União e o PP possuem 109 deputados federais, 14 senadores, mais de 1.400 prefeitos e seis governadores, sendo cinco deles na região amazônica.
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Integração
Durante seu discurso de posse como presidente da União Progressista no Amazonas, Wilson Lima destacou a urgência de integrar a região Norte aos projetos nacionais e defendeu que o país invista no desenvolvimento regional se quiser melhores indicadores sociais.
“Eu venho de uma região que é a mais rica desse país, mas que ainda convive com uma pobreza muito grande. Não há nenhuma sociedade que possa mudar seus indicadores sociais sem que haja desenvolvimento econômico. O mundo olha para a Amazônia e só vê a copa das árvores. Esquece que há 30 milhões de pessoas morando embaixo delas, e essas pessoas precisam de oportunidades, de emprego, de avanços”, afirmou.