*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (4) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A ação da PF ocorre no âmbito de uma investigação que apura se Bolsonaro e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias recebidas como presente durante seu mandato como presidente do Brasil.
Entre os itens, estavam um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro durante uma viagem à Arábia Saudita, em 2019.
Segundo as regras do Tribunal de Contas da União (TCU), presentes de governos estrangeiros devem ser incorporados ao Estado pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH).
Investigações da PF, no entanto, dão conta de que Bolsonaro ficou com os itens. A partir de meados de 2022, eles teriam sido vendidos fora do país, em negociações operacionalizadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Próximos passos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, recebeu o relatório final da PF.
Moraes, então, encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República. Caberá à PGR analisar os resultados e decidir se há evidências suficientes para pedir o indiciamento de Bolsonaro ou se novas diligências são necessárias.