*Victória Cavalcante-Dia a Dia Notícia
Moradores dos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte estão denunciando a retomada dos garimpeiros ilegais no Rio Madeira, no interior do Amazonas. A prática criminosa volta a ser registrada seis meses após uma uma operação da Polícia Federal (PF) destruir mais de 30 balsas no mesmo local.
Segundo os relatos de denunciantes, cerca de 15 balsas com dragas foram vistas descendo o Rio Madeira e se estabelecendo no local, ainda na segunda-feira, e temem que a área vire alvo de novas invasões.
“Eu tenho até medo de estar falando sobre isso, mas é verdade sim, eles estão voltando, não sei se vai ter aqueles incêndios de novo, mas estamos com medo, de poluir mais nossa água, de ficarmos sem comer”, afirmou um agricultor familiar, que preferiu não ter a identidade divulgada.
No final do ano passado, em novembro, dezenas de garimpeiros, que estavam em busca extração ilegal de ouro, foram obrigados a deixarem o local pela Polícia Federal, e segundo relatos da população, balsas foram queimadas, para garantir que não houvesse uma reocupação, entretanto, alguns dos garimpeiros apenas se afastaram do local e foram para áreas mais distantes, nas proximidades do município de Borba.
No início de julho deste ano, ativistas do Fórum Território Médio Juruá (TMJ), protocolaram uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE), Polícia Federal (PF), Secretaria do Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema) e à Promotoria de Justiça de Carauari, informando sobra a instalação de uma balsa e de uma draga de garimpeiros em unidades de conservação na região do Rio Juruá.
Até o momento, a Polícia Federal não se manifestou sobre o assunto, entretanto, divulgou nesta terça-feira (12), que durante o último fim de semana, esteve no Pará, mais precisamente no município de Novo Progresso, apreendendo ouro, munições, motores e balsas usadas em garimpos ilegais na terra Indígena do Baú.
