O nível do Rio Negro manteve-se estável em 30,02 metros em Manaus, nesta quinta-feira (17). A marca é a maior da história desde o início dos registros, em 1902, após permanecer estável nos 30 metros por nove dias e registrar até uma pequena baixa de um centímetro, o nível do Rio Negro voltou a subir nessa quarta-feira (16).
Em praticamente todo o Amazonas, a cheia causa inundações e prejuízos. De acordo com dados da Defesa Civil, mais de 400 mil pessoas estão afetadas. Das 62 cidades, 48 estão em situação de emergência. De acordo com o boletim da Defesa Civil, em todo o Amazonas, mais de 455 mil pessoas foram atingidas pela cheia.
Em Manaus, foram construídos mais de 13 mil metros de pontes e passarelas em 20 bairros da capital Amazonense, segundo informações da Defesa Civil.
Em diversos pontos, a circulação de pessoas ocorre somente por meio de passarelas. O centro histórico registra vários pontos de alagamento. A Praça do Relógio e o prédio da Alfândega estão entre os locais mais atingidos.
A água do rio Negro também invadiu o local onde funcionava a mais tradicional feira da capital, a Manaus Moderna. Como isso, os feirantes foram transferidos para uma balsa. Comerciantes relatam prejuízos. Lojistas tiveram os estabelecimentos alagados, mesmo com as contenções para impedir a entrada da água.
A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) era que o rio chegasse à cota máxima de 30 metros A expectativa é que, agora, o nível do rio comece abaixar. De acordo com o órgão, abaixo dos 27 metros o nível do rio é considerado patamar normal para a cheia.
*Com informações do G1