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Devido à queda na taxa de ocupação, Delphina Aziz libera 56 leitos para a receber pacientes não Covid

Rodrigo Santos/SES-AM

A partir desta sexta-feira (14/05), o Hospital Delphina Aziz começa a receber pacientes não Covid de outras unidades da rede estadual de saúde. A informação foi divulgada pelo governador Wilson Lima, durante live de apresentação dos ajustes nas medidas de restrição de circulação de pessoas no estado.

“A partir de hoje o Hospital Delphina Aziz começa a receber pacientes com outras doenças, já foi reservada uma ala para que esses pacientes possam ser recebidos sob a supervisão da Fundação de Vigilância em Saúde e sob a coordenação dos profissionais da Secretaria de Saúde”,  destacou o governador durante o anúncio.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) trabalha na reorganização da rede estadual, em razão da queda na taxa de ocupação de leitos por Covid-19 e aumento dos não Covid. Como parte do planejamento, o Hospital Delphina Aziz, unidade referência para tratamento da Covid-19, reabre 56 leitos clínicos de retaguarda para atendimento de pacientes de outras causas. O Hospital Nilton Lins será mantido como referência Covid-19, mas já estão sendo feitas tratativas para que no futuro também possa ser híbrido, já que vai ficar ativo por mais algum tempo.

Conforme o último Boletim Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), divulgado na quinta-feira (13/05),  a taxa de ocupação de leitos de Covid-19 da rede estadual estava em 54,55%, para UTI, e 32,38%, para leitos clínicos. Já a taxa relativa a leitos não Covid estava em 85,23%, para UTI, e 82,40%, para leitos clínicos.

No hospital Delphina Aziz, a ocupação de leitos na quinta-feira era 59,9% para UTI e 44,8% para  leitos clínicos. A unidade estava com 120 leitos clínicos e 71 de UTI livres.

“Por isso nós estamos ajustando a rede, que terá como principal alteração o perfil do Hospital Delphina Aziz como uma grande retaguarda”, afirmou o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo, ao ressaltar que o Delphina Aziz vai atender apenas os pacientes regulados referenciados dos hospitais e prontos-socorros, via Sistema de Transferência de Emergência Regulada (Sister).

“Somente irão ser internados naquele hospital pacientes transferidos pelo sistema de regulação ou agendados também pelo sistema de regulação. Então para quem vai realizar exames e cirurgias, somente pelo agendamento. Nós temos uma fila de atendimento para esse tipo de assistência à população e precisamos trabalhar tanto a velocidade da fila quanto a transparência, que é a obrigação legal”, enfatizou o secretário.

Reorganização da unidade

Com a flexibilização na circulação de pessoas, houve um aumento na rede de urgência e emergência de atendimentos não Covid tanto na capital como no interior, demandando a reconfiguração da rede de saúde para comportar a necessidade apresentada.

A partir de 1º de junho, o Delphina Aziz inicia o projeto de funcionamento híbrido, que está sendo repactuado entre a SES-AM e o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH). O foco da unidade será principalmente para cirurgias, mas também consultas especializadas e exames de imagens.

“Uma parte do hospital estará preparada para Covid-19, principalmente dos pacientes que ainda estão internados lá, e a outra parte trabalhará as outras patologias, principalmente com perfil cirúrgico”, salientou o secretário, destacando que todos os seis andares do hospital colocados em operação para atender pacientes covid serão mantidos na reorganização.

A proposta da SES-AM visa assegurar melhor resolutividade na assistência e aproveitar 100% da capacidade instalada do hospital com o tratamento de pacientes de Covid-19, na retaguarda clínica e como referência cirúrgica à rede estadual.

“Nós iremos utilizar os 11 centros cirúrgicos do Delphina Aziz em benefício da população, além da reativação do hospital dia, da disponibilização do parque de imagem, que possui capacidade para 200 mil exames que podem ser realizados por mês, além de consultas e outros benefícios de atendimento da população do estado do Amazonas”, acrescentou.

A proposta inicial da reorganização do atendimento na unidade, é realizar cerca de 445 cirurgias eletivas por mês, 12.524 consultas médicas em diversas especialidades e 92.266 exames clínicos e de imagem. A meta será ampliada conforme a reordenação da rede.

A mudança no perfil de atendimento da unidade será apresentada aos órgãos de controle e segue em tratativas entre a secretaria e as instituições que administram o Hospital Delphina Aziz.

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