A arte urbana se refere de modo mais abrangente, a uma diversidade de produções artísticas realizadas no espaço público urbano: de malabarismo à flashmobs, de cartazes ao grafitti, às esculturas e intervenções. Murais escalonados para ocupar grandes espaços em fachadas de prédios ou ilustrando pequenas áreas nos muros e paredes das cidades, são eles os grafites que estão alegrando os espaços urbanos na pandemia. Há de se considerar, que a atividade demanda baixos riscos de contaminação, já que executada ao ar livre, em grandes áreas e normalmente por artistas individuais. Ponto para o legado que estamos herdando e que já pode ser visto com bastante imponência em cidades além de São Paulo.
De artistas consagrados mundialmente como os brasileiros Cobra e Os Gêmeos, aos ainda quase anônimos de cada cidade, o grafite expressa a vocação do lugar, ou se aproveita da grande visibilidade para defender valores e lutas, sempre com muita cor, algum humor, ironia e até drama. Contanto que além de colorir, comunique algo. Isso é o bacana da street art.
O site www.arteforadomuseu.com.br reúne mais de 2.500 obras de rua espalhadas por todo o Brasil além do perfil de 400 artistas, roteiros e muita informação. O Amazonas aparece com 19 obras georreferenciadas. Hoje temos muito mais que isso, mas o espaço é colaborativo, é só entrar lá e acrescentar uma foto!
Um olhar mais atento para a cidade vazia, de repente descobre espaço para receber uma obra de arte, e assim, lá vem mais um grafite!
Manaus, que já havia entrado nesta onda, recebeu um impulso agora em tempos pandêmicos. Prédios do centro histórico da cidade agora comportam grandes murais, além de paradas de ônibus e a orla do rio Negro, na área do Mercado Municipal, uma iniciativa para ser vista do rio. Tudo muito colorido e com referências locais.
Inês Daou, é produtora cultural há 30 anos, adora novidades, chocolate e pessoas.
