*Redação Dia a Dia Notícia
No primeiro trimestre deste ano, os senadores do Amazonas, Plínio Valério (PSDB), Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), gastaram juntos R$ 128.065 da Cota para Exercício de Atividade Parlamentar (Ceap), o chamado “Cotão”. Com materiais de expediente e documentos oficiais despachados via Correios, os representantes do Senado gastaram ainda R$ 14.303,74, de acordo com dados do site de transparência.
O senador que mais gastou nos primeiros três meses de 2021 foi Eduardo Braga. Com o Cotão, entre janeiro e março o senador Eduardo Braga (MDB) utilizou R$ 76.916,26, sendo R$ 75 mil com assessoria de comunicação (R$ 25 mil em cada mês), e R$ 1.916,26 na compra de uma passagem para Manaus em março.
Entre os gastos não inclusos na Cota Parlamentar estão RS 1.047,74 em materiais de expediente e RS 6.614,04 nos Correios. Descontado impostos, o salário de Braga foi de R$ 21.386,94 no mês de março.
De acordo com o portal do Senado Federal, seu gabinete atualmente é composto por 25 pessoas de cargos comissionados e uma efetiva. No escritório de apoio são mais 13 comissionados.
Em nota ao Dia a Dia Notícia, o senador Eduardo Braga disse que deu continuidade às atividades parlamentares após a decretação da pandemia de Covid-19, obedecendo a todos os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde do país.
Ele informou ainda que os gabinetes do Senado e de Manaus (AM) permaneceram em funcionamento, num esquema de rodízio para evitar a aglomeração das equipes. “O senador cumpriu, inclusive, agendas em ministérios e demais órgãos federais, conforme foi amplamente divulgado pelas suas redes sociais e por meio da assessoria de imprensa”, disse o parlamentar em nota enviada pela assessoria de comunicação.
Apenas do Cotão, Plínio Valério já utilizou R$ 44.381,88 neste ano. Entre os gastos estão R$ 30 mil com a impressão de boletins informativos, R$ 6.412,86 com aluguel de escritório em Manaus, R$ 6.035,17 com quatro viagens entre Manaus e Brasília, R$ 1.150 com publicidade nas redes sociais e R$ 783,85 com gasolina.
Com materiais de expediente o gabinete do senador gastou R$ 308,67, além de R$ 3.914,68 nos Correios. Estes gastos não estão inclusos no Cotão. Em março, o salário líquido de Plínio foi R$ 21.386,94.
Ao contrário dos demais senadores do Amazonas, Plínio tem mais pessoal alocado em Manaus do que em Brasília: são 42 cargos comissionados na capital amazonense, contra 9 comissionados e 5 efetivos no seu gabinete oficial do Senado.
Omar Aziz (PSD) utilizou R$ 6.766,86 do Cotão na compra de passagens entre Manaus e Brasília, para ele e para o seu auxiliar parlamentar Marcelo Garcia, além de R$ 491,57 em materiais de expediente e R$ 1.927,04 nos Correios – gastos que não estão inclusos na Ceap. O gabinete do senador é composto de 23 cargos comissionados, 3 efetivos e mais 16 comissionados no escritório de apoio.
Entre os três senadores, o salário de Omar foi o maior: R$ 24.802,35 no último mês. Assim como os demais parlamentares, ele não fez uso de diárias, auxílios ou outras vantagens indenizatórias.
Cotão
O Cotão é usado para pagar despesas vinculadas ao exercício do mandato, como passagens aéreas, aluguel de aeronaves, telefonia, hospedagem, combustível e contratação de consultorias.
No ano passado, desde março, as atividades em plenário foram reduzidas em função da pandemia, mas as despesas não caíram na mesma proporção das atividades das duas casas legislativas.
Em 2020
Em ano de pandemia do novo coronavírus, os deputados federais e senadores do Amazonas gastaram R$ 3,1 milhão da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, entre janeiro e dezembro de 2020.
Ainda no ano passado, o senador Eduardo Braga foi o que mais gastou entre os três representantes do Amazonas: R$ 341,3 mil. Omar Aziz, ao contrário, foi o que contraiu menor despesa.
