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Após consulta a governador, Planalto descarta intervenção no Amazonas

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou ontem, dia 22, que o presidente Jair Bolsonaro recebeu pedido de intervenção federal no sistema de saúde do Amazonas, que está perto de um colapso, após a taxa de ocupação de leitos atingir quase 100%. Consultado sobre a possibilidade, porém, o governador Wilson Lima (PSC) disse que a situação está sob controle, o que fez o Palácio do Planalto descartar intervir no Estado.

A solicitação havia sido aprovada na última segunda-feira, 20, pela Assembleia Legislativa do Amazonas e foi levada a Bolsonaro pelo líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM). Ao deixar a reunião, Ramos disse que conversaria com o governador.

Na tentativa de costurar uma articulação política diretamente com os dirigentes e líderes partidários, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o pedido de Braga e o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP). Os dois saíram da reunião defendendo um “pacto de união nacional” entre Executivo, Legislativo e Judiciário para enfrentar a crise do coronavírus.
“O Amazonas, em especial Manaus, tem vivido momentos dramáticos. O presidente ficou de orientar seus ministros a conversar com o governo do Amazonas para medidas emergenciais mais concretas. Não temos condição de sair do isolamento”, disse Braga, que é senador pelo Amazonas.
Como propostas, Baleia e Braga pediram que Bolsonaro sancione projeto que destina R$ 2 bilhões para as Santas Casas e instituições filantrópicas. Eles também sugeriram ao presidente que, assim como existe a Força Nacional de Segurança Pública, seja criada a Força Nacional de Saúde, formada por especialistas da área que seriam enviados aos municípios em caso de emergência.

Pedido de Intervenção

De acordo com uma fonte do Palácio do Planalto, Luiz Eduardo Lima afirmou que não há necessidade de intervenção e que o requerimento dos deputados estaduais envolve questões políticas locais. O Amazonas já registrou, ontem,  2.479 casos de coronavírus, com 207 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde.
Um pedido de intervenção no Estado costuma partir do governador, que declara insuficiência de meios para dar conta do atendimento durante a pandemia do novo coronavírus, mas, conforme a Constituição Federal, também pode ser solicitado pelo Poder Legislativo.
“O presidente ficou de orientar os seus ministros para conversar com o governo do Estado do Amazonas para que possamos ter medidas efetivas emergenciais mais concretas no Estado. Obviamente que dependerá da vontade do governador e do Governo do Estado”, disse Braga, em conversa com jornalistas logo após se reunir com o presidente.
Sem leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), respiradores e recursos humanos, desde a semana passada o Governo do Amazonas passou a equipar as unidades hospitalares do Estado com contêineres frigoríficos para acondicionamento de corpos das vítimas da doença.
*Com informações das agências.

 

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