*Da Redação Dia a Dia Notícia
O doutor em História Otoni Moreira de Mesquita, 70, foi atacado nas redes sociais após ser acusado de vandalizar as gravuras rupestres encontradas na Ponta das Lajes, próximo ao Encontro das Águas, as quais surgiram com a estiagem histórica. O historiador publicou as fotos tiradas por Gisella Braga e, logo depois, explicou que utilizou caulim – argila natural de coloração branca – para destacar as gravuras na pedra.
Formado em Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro e jornalismo na Universidade Federal do Amazonas, Otoni Mesquita já autou como coordenador do Patrimônio Histório da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas no fim dos anos 1990, durante a gestão de Amazonino Mendes. Nas redes, o historiador destacou que vem “atuando em defesa do patrimônio cultural de nossa região, manifestando-me em relação a tudo que respeita as manifestações das diferentes populações”, especialmente aos povos indígenas.
“O que eu apliquei foi uma metodologia de registro que se fazem em sítios rupestres. Quando você tem o desenho mais escuro, se coloca caulim para ressaltar o contraste e o desenho aparecer. Então utilizei caulim, que é um pigmento, argila de beira do rio que se dissolve com água, e eu inseri esse material nas incisões do desenho que contorna o rosto. Fotografei, as pessoas fotografaram, e apaguei imediatamente, não durou dez minutos”, explicou.
O historiador pediu que as pessoas compreendessem o interesse acadêmico e também pediu desculpas aos que “por alguma razão se sentiram ofendidos com a adoção do meu método de investigação, que está dentro dos pressupostos de formação”.
