*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Exército Brasileiro divulgou o processo disciplinar contra o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) nesta sexta-feira (24), que havia sido arquivado. Após a decisão do Governo Federal, foi informado que o então general da ativa teve a conduta apurada por participar de um ato com o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) em 2021, no Rio de Janeiro. O código militar não permite que militares da ativa participem de eventos políticos.
É válido lembrar que nesse período, Bolsonaro participava de “motociatas” antes da campanha eleitoral oficial. Os atos foram vistos como pré-campanha por alas da oposição. De acordo com os documentos, o ex-comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, havia sido avisado por Pazuello de que este iria à “motociata” a convite de Bolsonaro.
“Por telefone no sábado que iria ao passeio no domingo, a convite do presidente”, afirmou Pazuello em sua justificativa.
Ademais, o ex-ministro da Saúde confirmou a informação no parecer sobre o caso. Ele “efetivamente comunicou a este comandante que se deslocaria à cidade do Rio de Janeiro, a fim de participar do passeio motociclístico”, a convite de Bolsonaro e organizado por associações e clubes de motociclistas cariocas. Não é citado se Pazuello recebeu uma autorização formal por parte de Paulo Sérgio para ir ao evento.
Ainda conforme os documentos, o chefe do Exército concordou que a presença e a fala de Pazuello em cima de um caminhão de som não teve viés político-partidário.
Toda a divulgação dos conteúdos foi realizada pela Lei de Acesso à Informação (LAI) depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) acolheu recursos junto ao órgão após o Exército se negar a fornecer as informações completas sobre a situação.
