*Da Redação do Dia a Dia Notícia
A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), divulgou dados sobre Psoríase, a doença de pele mais frequente, após as dermatoses causadas por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) em Manaus.
A Psoríase é doença inflamatória da pele, não contagiosa, que para a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em mais de 30% dos casos a origem é genética e pode se manifestar após alguns fatores, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções, uso de certas medicações, banhos longos e quentes.
A psoríase foi a doença dermatológica mais identificada na população idosa, conforme as estatísticas.
Ainda conforme os dados da Fuham, em 2021, foram identificados 1.034 casos de psoríase entre os pacientes que buscaram atendimento. Isso representou 15% do total de doenças dermatológicas diagnósticas no hospital. No ano passado, foram 6.907 pacientes diagnosticados, sendo as doenças ocasionadas por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) as de maior incidência.
A Fundação Alfredo da Matta, fica localizada no bairro Cachoeirinha, zona Sul da capital amazonense, e é uma unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
Segundo a médica dermatologista da Fuham, Raisa Feitoza, a psoríase costuma se manifestar de forma cíclica, com momentos de piora e melhora, e pode acometer pessoas de qualquer faixa etária, com picos entre os 20 e 40 anos.
“São pessoas com predisposição genética associada a fatores ambientais e comportamentais, que desenvolvem placas e manchas avermelhadas pelo corpo que costumam descamar”, pontuou Raisa, que também falou que a doença pode causar outros tipos de inflamações.
“A psoríase vem acompanhada de outras doenças metabólicas; em até 30% das pessoas com psoríase também pode ocorrer uma inflamação, assim como na pele, nas articulações, causando a artrite psoriásica”, explicou.
Os locais mais atingidos são cotovelos e joelhos, região lombar, mas também pode acometer de forma disseminada o restante da pele, assim como couro cabeludo e unhas.
Doença
Na psoríase há uma renovação acelerada das células da pele, devido a uma falha que provoca a hiperatividade do sistema imune do paciente.
Em pessoas saudáveis, as células da pele que se multiplicam nas camadas mais profundas, levam em média um mês para chegar à “superfície”. Já nas pessoas com psoríase, o sistema imune emite “alertas falsos”, provocando aceleração deste mecanismo de renovação, fazendo com que em poucos dias novas células da pele cheguem à camada mais externa.
Assim, formam-se as placas características da psoríase e posterior descamação da pele, como se fosse caspa.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas normalmente incluem manchas vermelhas com escamas secas e esbranquiçadas; pele ressecada e rachada, podendo sangrar; coceira, sensação de queimação e até dor; unhas que ficam grossas, amareladas e com alterações em sua forma; além de inchaço e rigidez nas articulações.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é essencialmente clínico, feito pelo dermatologista, através de exames clínicos, avaliação do histórico do paciente, evolução e características das lesões. Apenas em casos de dúvida pode-se lançar mão de biópsias para auxiliar o diagnóstico, não sendo um exame obrigatório, apenas complementar.
A psoríase é crônica, ou seja, não tem cura, porém não é contagiosa. É perfeitamente controlável com o uso de medicamentos tópicos, como cremes, pomadas e hidratantes, além de medicamentos mais específicos que são injetáveis.