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Em Presidente Figueiredo (AM), mais de 1 mil trabalhadores podem ficar desempregados com isenção do IPI de concentrados

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

A edição pelo governo federal do Decreto 11.052/2022, que zera a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os concentrados de refrigerantes, trouxe grande preocupação para o município de Presidente Figueiredo, no Amazonas, pois a medida pode desempregar mais de 1,1 mil trabalhadores, impactar fortemente o setor comercial e reduzir a arrecadação do município, gerando um caos social.

De acordo com a prefeita, Patrícia Lopes, esses empregos são gerados pela Agropecuária Jayoro, empresa que planta cana-de-açúcar e guaraná, matérias-primas que mais tarde são transformadas em açúcar, álcool e extrato de guaraná, insumos que são a base dos concentrados de refrigerantes. E, a medida do governo federal, inviabiliza essa produção.

“Essa é uma situação que muito me preocupa. Além dos empregos diretos e indiretos, a Agropecuária Jayoro dá oportunidade para mais de 30 jovens por meio do programa menor aprendiz. Isso quer dizer, que mais de mil pessoas, pais e mães, chefes de família, ficarão desempregados, com isso suas famílias passarão necessidades e serão mais de mil pessoas que deixarão de consumir no comércio local e vão precisar de ajuda assistencial do poder público para sobreviver”, afirma.

Patrícia Lopes informou que desde a manhã desta sexta-feira (29/04) já começou a fazer contato com a bancada federal do Amazonas na Câmara e no Senado, para buscar ajuda no sentido de reverter o decreto presidencial.

“Precisamos encontrar uma forma de reverter essa situação, para que o município de Presidente Figueiredo não seja tão atingindo, nesse momento tão difícil em que estamos vivendo, tentando nos reerguer, após dois anos de pandemia da covid-19, assim como todo estado do Amazonas que será duramente atingido na sua principal matriz econômica, que é a Zona Franca de Manaus (ZFM), afirmou a prefeita, lembrando que um outro decreto do governo federal atinge todo setor industrial de Manaus.

Até a edição do novo decreto presidencial, a alíquota do IPI sobre concentrados para fabricação de refrigerantes era de 6%, agora foi zerada, com isso, as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus, que já eram isentas do imposto, perdem a competitividade.

Logo, a medida inviabiliza a produção desse insumo no Amazonas, que concentra 95% da produção brasileira de refrigerante e atende somente 5% dos fabricantes que estão fora do estado.

*Com informações da assessoria

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