A variante ômicron já é responsável por 58,33% dos casos de covid-19 rastreados no Brasil, segundo levantamento feito pela plataforma “Our World in Data”. Os dados correspondem à participação da nova cepa em todas as sequências analisadas até duas semanas anteriores ao dia 27 de dezembro. A variante B1.1.529 foi descoberta na África do Sul em novembro.
Segundo a plataforma, ligada à Universidade de Oxford e considerada uma referência na publicação de dados sobre a pandemia, a ômicron era responsável por apenas 2,85% até o dia 13 de dezembro no país. Houve, portanto, uma explosão no número de casos em duas semanas, confirmando assim a sua alta transmissibilidade.
A variante também já é dominante em outros países, como os Estados Unidos (80% dos casos rastreados), Reino Unido (95,91%), África do Sul (93,85%), Argentina (85,11%), França (80,34%), Japão (77,12%), México (55,17%) e Chile (51,59%).
A existência da nova cepa foi reportada à OMS (Organização Mundial da Saúde) no dia 24 de novembro, após o surgimento de casos na África do Sul. Desde então, houve a confirmação de infecções provocadas pela ômicron nos cinco continentes.
No mesmo dia, ministros da Saúde de países do G7 alertaram que a variante necessitava de uma ação urgente. “A comunidade internacional enfrenta a ameaça de uma nova variante altamente transmissível da covid-19, que requer ação urgente”, disseram os ministros em um comunicado conjunto, na ocasião.
Além de ser altamente transmissível, ela conta com grande número de mutações. Até o momento, os pacientes identificados com a variante demonstraram, entre os sintomas mais comuns, cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e dor de garganta.
Ontem, dados preliminares de um sequenciamento genético realizado pela Secretaria Municipal da Saúde e pelo Instituto Butantan apontaram 50% de prevalência para a variante ômicron do novo coronavírus na capital paulista.
O estado de São Paulo teve um aumento de 30% em novas internações por covid-19 nos hospitais públicos e privados na última semana.