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Dezembro Vermelho: prevenção e diagnóstico precoce são ‘armas’ contra ISTs

Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são definidas, pelo Ministério da Saúde, como doenças causadas por vírus, bactérias e outros patógenos, tendo como principal forma de transmissão o contato sexual sem camisinha. Nessa categoria, uma das mais conhecidas é a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), descoberta nos anos 80 e ainda hoje cercada de mitos.

Para dar mais visibilidade ao tema, o Brasil celebra, neste mês, a campanha Dezembro Vermelho, marcada por ações de conscientização voltadas para o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) – causador da Aids. A campanha também alerta sobre prevenção a outras IST, como herpes genital, gonorreia e sífilis.

Pesquisa divulgada este ano pelo Ministério da Saúde mostra que cerca de um milhão de brasileiros afirmaram ter sido diagnosticados com alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), com base no ano de 2019.

Especificamente sobre o HIV, a pasta informa que, em 2020, o país registrou 32.701 novos casos, contra 43.312 em 2019, uma redução de 10.611 casos.
Em relação ao Amazonas, porém, dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) mostram que, entre janeiro e outubro de 2021, somente o HIV infectou 1.066 pessoas. O número é maior que o registrado nos 12 meses de 2020, que foi de 795 casos.

Prevenção

“O HIV ataca o sistema imunológico e deixa o organismo sem defesa contra outras infecções, permitindo que ele desenvolva as chamadas ‘doenças oportunistas’. Quando isso acontece, é que a pessoa desenvolve a Aids. Mas leva um tempo para acontecer. Muitas pessoas com HIV podem viver anos com o vírus sem desenvolver a doença. Daí a importância de se realizar o teste mesmo sem sintomas”, explica Marcelo Cordeiro, infectologista e consultor do Sabin Medicina Diagnóstica. Segundo Cordeiro, quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhores serão os resultados do tratamento.

Há opção de exames tanto a partir da coleta de sangue como de líquor (fluido corporal) e os resultados ficam prontos entre 4 e 7 dias. O primeiro pode ser feito diretamente em laboratório ou via coleta móvel. Já o segundo, apenas via coleta hospitalar, por meio de punção na medula, feita em procedimento médico.

“Ambos podem tanto detectar a presença do vírus como medir a carga viral. Os testes, que também estão disponíveis no Sabin, devem ser realizados pelo menos 30 dias após a exposição a situações de risco, como relações sexuais desprotegidas ou contato com sangue ou secreções de pessoas portadoras do HIV”, explica a bioquímica Luciana Figueira, coordenadora técnica do Sabin em Manaus.

No caso do vírus da imunodeficiência e da sífilis, a contaminação também pode ocorrer por meio da infecção vertical (da mãe para o feto) e pelo compartilhamento de seringas e outros objetos perfurocortantes.

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