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Xamã e líder do povo Yanomami recebe título de Doutor Honoris Causa pela UFRR

*Franciane Silva – Da Redação Dia a Dia Notícia

Davi Kopenawa, xamã e líder do povo yanomami, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), o título é a máxima distinção acadêmica concedida pela universidade, sendo resultado da contribuição de Davi Kopenawa à luta pelos direitos indígenas. O evento aconteceu no último dia 23 de setembro.

O título foi concedido e aprovado de forma unânime pelo Conselho Universitário (CUNI/UFRR) no início do mês de agosto. O líder indígena é conhecido internacionalmente, é o primeiro indígena a receber o título da UFRR.

A cerimônia foi conduzida pelo reitor José Geraldo Ticianeli e foi iniciada com um ritual yanomami. Durante a solenidade, Tuíra Kopenawa, filha de Davi foi quem lhe entregou a beca.

Por meio das redes sociais, a deputada federal Joenia Wapichana (Rede), parabenizou o xamã e agradeceu a UFRR pelo reconhecimento.

“Davi Yanomami merece todo o reconhecimento da academia, pois sua atuação tem contribuído para mostrar os atuais retrocessos da política ambiental e indigenista que o Brasil passa, deixando os povos originários numa situação de muita vulnerabilidade e medo, com a presença em seus territórios de invasores e destruidores da floresta”, disse a deputada.

Davi Kopenawa

Kopenawa nasceu por volta de 1955, não se sabe ao certo sua data de nascimento, é xamã e porta-voz do povo yanomami, povo ameaçado pela exploração ilegal do garimpo de ouro. Em 1989, ele recebeu um prêmio da ONU pela defesa do seu povo.

O líder indígena é cofundador e presidente da Hutukara Associação Yanomami, criada em 2004, e tem dedicado sua vida a proteger os direitos indígenas e o território do seu povo na floresta tropical.

É autor do primeiro livro escrito por um Yanomami: “A queda do céu”. A obra, publicada em 2010, narra a trajetória dele e do seu povo, além de suas visões sobre o “homem branco”.

Estrelou o filme “A Última Floresta”, lançado em 2021. A obra mistura documentário e ficção, denunciando garimpos ilegais e o desmatamento da floresta. O roteiro foi coassinado pelo xamã e ativista. Os atores foram os próprios indígenas.

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