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Wilker revela que fornecedora de alimentos à Seduc mantém endereço em hotel e recebeu R$ 16 milhões do Governo do AM

Foto: Divulgação

O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) repercutiu denúncia nesta quarta-feira, dia 24, em Sessão Ordinária virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que a empresa D’Max Comércio de Produtos Alimentícios faturou R$ 16.871.613,30 da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) para fornecer e distribuir gêneros alimentícios para os alunos da rede estadual do ensino durante período da suspensão das aulas, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Na ocasião, o parlamentar ainda revelou que o endereço da fornecedora é o mesmo de um hotel quatro estrelas na cidade.

A denúncia do líder da minoria foi baseada em uma matéria veiculada na imprensa na última segunda-feira (22). Em seu pronunciamento, o deputado cobrou explicações sobre os dois contratos firmados pela empresa de alimentos e pasta de educação, um de R$ 8.464.437,75 e outro de 8.417.763,15, para aquisição de gêneros alimentícios (feijão, arroz, salsicha, conserva, achocolatado e leite) e distribuição aos alunos afetados pela paralisação das aulas por conta da Covid-19.

Os documentos apontam que os empenhos foram feitos no dia 6 de maio, totalizando R$ 16.871.613,30. Além disso, a sede da empresa D’Max, conforme registro no o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), está situada na avenida Torquato Tapajós, 4503, no mesmo endereço que funciona um hotel chamado Tryp by Wyndham Manaus.

“Gostaria de pedir explicações da liderança do Governo sobre esta empresa, que funciona num quarto de hotel e ganhou R$ 16 milhões para distribuir alimentos. O que mais me assusta é que o Governo não emitiu uma nota fiscal desmentindo a denúncia, ou seja, ou é um governo omisso ou um governo corrupto”, explicou o parlamentar.

 

Barreto ponderou, ainda, que a denúncia tem indícios graves para ser investigada pela CPI da Educação, que já recebeu a assinatura de quatro parlamentares da Casa. De acordo com o deputado, a Seduc foi a secretaria que mais obteve dispensa no ano de 2019.

 

“Estamos falando de uma compra que é cinco vezes maior que a compra dos ventiladores na loja de vinhos, são R$ 16 milhões de uma empresa que funciona num quarto de hotel. Espero que a liderança do governo explique ou se posicione sobre esta denúncia porque tem indícios graves de corrupção, assim como o Caso Dantas, que pode ser investigado pela CPI da Educação, caso esta seja instalada neste Parlamento”, finalizou o deputado.

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