*Da Redação Dia a Dia Notícia
A mulher de 35 anos que foi brutalmente agredida com mais de 60 socos pelo namorado dentro do elevador de um prédio na Ponta Negra, zona Sul de Natal (RN), se pronunciou pela primeira vez após o crime, ocorrido no último fim de semana. Em uma publicação nas redes sociais, ela agradeceu o apoio de amigos e desconhecidos e afirmou que, neste momento, seu foco é a recuperação.
“Estou com acesso ao meu perfil e agradeço toda a solidariedade e amor que todos estão me ofertando no momento. É um momento muito delicado e eu preciso focar na minha recuperação. Obrigada a todas as minhas amigas que estão sendo minha rede de apoio no momento”, disse.
Agredida com mais de 60 socos, a vítima teve múltiplas fraturas no rosto e no maxilar e deve ser submetida a uma cirurgia.

O caso
O crime aconteceu no último sábado (26) por volta das 16h e foi registrado pela câmera do elevador do condomínio. O vídeo mostra o casal discutindo e, quando a porta do elevador se fecha, Igor parte pra cima da vítima e começa a desferir socos contra ela.
É possível perceber que ele dá pelo menos 60 socos. A mulher ficou com o rosto completamente ensanguentado.
O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, foi preso em flagrante e teve a detenção transformada em prisão preventiva após passar por audiência de custódia. Segundo a polícia, ele vai responder por tentativa de feminicídio.
Em depoimento na delegacia, após o crime, Igor alegou que tem claustrofobia. Questionado pela polícia, ele disse que nunca foi preso ou processado anteriormente. Ele é estudante do curso de ciências contábeis.
A polícia encontrou boletins de ocorrência em que o nome de Igor Cabral está envolvido em brigas com outras pessoas. Em um dos casos, houve troca de agressões físicas dele com amigos dentro de uma casa em Caicó, na região Seridó potiguar.
‘Ele disse que ia me matar’, relatou vítima
No dia do crime, a vítima relatou aos policiais de plantão que o homem disse que iria matá-la. A revelação foi feita em um bilhete, porque ela não conseguia falar.
Ainda no bilhete, a mulher relatou que permaneceu no elevador porque sabia que seria agredida pelo homem.
“Eu sabia que ele ia me bater. Então, não saí do elevador. Ele começou a me bater e disse que ia me matar”, escreveu.
