*Da Redação Dia a Dia Notícia
Após a morte da grávida Giovana Ribeiro da Silva, de 29 anos, e do bebê que ela esperava em um acidente causado por um buraco na avenida Djalma Batista no último domingo (22), os vereadores Capitão Carpê (PL), Zé Ricardo (PT), Rodrigo Sá (Progressistas), Sargento Salazar (PL) e Rodrigo Guedes (Progressistas) usaram a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta segunda-feira (23) para cobrar providências e criticar a Prefeitura pela precariedade das vias.
No incidente, um motociclista se desequilibrou ao bater no buraco, ocasionando na morte de sua esposa, que estava grávida de 7 meses, juntamente com o bebê.
Durante a sessão plenária desta segunda-feira, o vereador lamentou a tragédia e solicitou um minuto de silêncio em memória a tragédia ocorrida.
Em seguida, Carpê criticou a Prefeitura de Manaus por só agir após casos graves.
“É preciso que pessoas morram para a Prefeitura fazer o trabalho dela? Esse foi um acidente evitável, uma morte que não teria acontecido se a gestão municipal fizesse o trabalho dela. Vocês tem sangue nas mãos” disparou.
O vereador cobrou por melhorias na atual gestão do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante). “Cansei de inúmeras vezes cobrar providências e transparência do tanto de dinheiro que a Prefeitura desperdiça e não presta contas. Quantas vidas precisaram ser perdidas?!”, apontou Carpê.
O vereador Sargento Salazar (PL) foi outro parlamentar que aproveitou para falar sobre o ocorrido e manifestar sua indignação mediante a falta de manutenção de vias como a Djalma Batista.
“Quero falar para vocês, aí o prefeito lambaceiro e o água de salsicha, vocês vão pagar perante Deus tudo que vocês estão fazendo com a população. Você é um falso crente, se você tivesse temor a Deus, você não estaria fazendo isso com a população”, ressaltou o parlamentar.
No vídeo, Salazar segue cobrando por melhorias para os buracos que atrapalham pedestres e motoristas no tráfego de vias. “Tu não serve para nada. Nem para tapar os pequenos buracos das principais, você não serve para nada, seu inútil. Você, prefeito lambaceiro e o água de salsicha são dois inúteis. Não servem para nada“, declarou o vereador.
Rodrigo Sá (Progressistas) também fez um pronunciamento enfático e classificou o episódio como uma tragédia evitável, resultado da falta de manutenção adequada das vias públicas da capital. Segundo Rodrigo Sá, o estado crítico da malha viária representa um risco diário a condutores e pedestres.
“Não poderia deixar de subir a esta tribuna hoje para repercutir esse fato lamentável, triste e absolutamente evitável. Uma jovem de 29 anos, grávida de sete meses, com a vida e os sonhos destruídos por conta de um mísero buraco. A cidade toda está esburacada, abandonada, sem drenagem, e as consequências estão aí: vidas ceifadas, famílias destruídas e hospitais lotados. Não dá mais para ignorar o estado deplorável das ruas de Manaus. Já estamos no verão, prometeram uma avalanche de obras e o que vemos é o completo descaso. A Prefeitura precisa assumir sua responsabilidade. Vou continuar cobrando, porque a vida das pessoas está em jogo”, declarou o vereador.
Rodrigo Sá também relembrou outros casos recentes de acidentes fatais em decorrência das más condições das ruas da cidade. Ele cobrou a execução imediata de um plano emergencial de recuperação asfáltica e de drenagem urbana.
Zé Ricardo (PT) classificou o ocorrido como reflexo direto da falta de compromisso do Executivo municipal com a segurança da população.
“Quantas mortes mais serão necessárias para que a prefeitura cumpra sua obrigação básica de zelar pela segurança da população? Geovana não foi apenas vítima de um acidente. Ela foi vítima direta da irresponsabilidade”, denunciou o vereador.
O parlamentar lembrou que essa não é uma situação isolada. Segundo ele, a degradação da malha viária é um problema crônico da cidade, alvo constante de denúncias e representações apresentadas por seu mandato ao Ministério Público.
Rodrigo Guedes, um dos principais nomes da oposição na CMM, também se manifestou sobre o acidente e cobrou providências no plenário. “É culpa da omissão. É culpa da incompetência”, alegou categoricamente o vereador.