Está em cartaz desde o dia 12 de outubro no Manauara Shopping, a exposição de fotografias Garotas Espertas. São 12 portraits onde o fotógrafo e professor Eduardo Nakamura teve a habilidade de registrar em belas fotos, as crianças que participam da primeira etapa do projeto.
A ideia surgiu dentro do Cunhatã Digital, um bem sucedido programa implantado em 2015 pelo time do Instituto de Computação (IComp) da Universidade Federal do Amazonas, com o objetivo de chamar a atenção das meninas do ensino fundamental e médio para a área das ciências exatas. São palestras, mini cursos, participação em eventos e uma série de atividades – todas lideradas por professoras e outras garotas espertas – que ocorrem ao longo do ano de maneira totalmente gratuita, e assim conquistar mais profissionais mulheres para as engenharias, tecnologias e afins incentivando as meninas que se identificarem com a área a buscarem a formação necessária para uma carreira bem-sucedida em um mercado de trabalho em franca expansão.
O Garotas Espertas, promovido pelo Projeto Cunhantã Digital em parceria com a Casa de Artes Trilhares, traz 12 curtas-metragens e diversas fotos que retratam as histórias de mulheres importantes para a ciência.
Nos curtas, atrizes mirins entre 8 e 13 anos interpretam as cientistas, apresentando as histórias de vida e suas principais realizações, num trabalho bem detalhado de reprodução dos ambientes e figurinos das épocas das cientistas.
As cientistas homenageadas são: Hipácia de Alexandria, considerada a primeira cientista de todas; Ada Lovelace, matemática e escritora, escreveu o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina; Margaret Hamilton, cientista da computação, engenheira de software que desenvolveu o programa de voo do Projeto Apollo 11, a primeira missão tripulada à Lua; Nancy Roman, astrônoma e primeira executiva da NASA; Grace Hopper, analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos e criadora da linguagem de programação de alto nível Flow-Matic; Dorothy Vaughan, matemárica que trabalhou na agência americana que antecedeu a NASA; Joan Clarke, matemática inglesa, esposa de Alan Turing, com grande importância na quebra de códigos inimigos durante a Segunda Guerra Mundial; Katherine Johnson, física e cientista espacial, teve importante contribuição para os avanços da aeronáutica da exploração espacial dos EUA; Rosalind Franklin, biofísica, descobriu em 1953 a estrutura do DNA; Mary Jackson, primeira engenheira aeroespacial do ACA, antecessor da NASA; Hedy Lamarr, atriz e inventora e Radia Perlman, projetista de software e engenheira de rede.
Além de curtas super bacanas, fotos excelentes e um conteúdo muito interessante sobre cada cientista, o que mais esperar destas Garotas Espertas? A junção de arte e matemática, tão em voga atualmente, faz o projeto ser bem sucedido pelo simples fato de reunir em torno destes temas, ciência e arte, pessoas de todas as idades dedicando um pouco de seu tempo, ou muito , a conhecer, curtir e se encantar com as histórias.
Refletir sobre a importância das mulheres para a ciência e na pouca valorização disto, lembrar de outras tantas mulheres que podiam estar ali, imaginar que mais crianças podem se encantar, ou por teatro, cinema, enfim, artes em geral, ou mesmo ter vontade de se tornar uma cientista, são algumas das inúmeras possibilidades geradas pelo Garotas Espertas.
E por fim, falamos de legado. Nos Estados Unidos, berço da maioria das cientistas desta primeira edição do Garotas, se aprende nas escolas a escrever as legacy letters, uma espécie de “visão do futuro” de onde você quer chegar e qual será o seu legado. Seria realmente fantástico, se a partir do Garotas Espertas pudéssemos imaginar mais meninas tendo acesso a conteúdo relevante, vontade de estudar e por fim, deixar um grande legado, como as homenageadas.
SERVIÇO:
Exposição Garotas Espertas
Manauara Shopping. – 2º Piso, em frente à C&A
Até 24.10.21
