O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) divulgou que pelo menos 19 escolas têm casos positivos de Covid-19 entre alunos e professores. A lista, segundo a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), é falsa e somente quatro casos de coronavírus seguem em monitoramento pela pasta.
A secretaria se pronunciou após a lista circular nas redes sociais informando que escolas, em diferentes zonas de Manaus, estariam com membros contaminados.
Segundo a direção do sindicato, desde segunda-feira, 10, primeiro dia de reinício das aulas presenciais, o Sinteam vem recebendo denúncias de casos positivos do novo coronavírus. Nessa quinta-feira, dia 13, o professor Jackson Reis da Escola Estadual Professor Ruy Alencar teria feito um boletim de ocorrência no 18º DP após se negar a entrar em sala de aula depois que tomou conhecimento de um caso positivo de um aluno e de uma professora na escola.
“Tivemos uma reunião com a gestora e ela tinha conhecimento dos casos há dois dias e não nos informou. É um descaso total. Queremos trabalhar mas com a segurança necessária”, disse.
Na última quarta-feira, dia 12, o Sinteam encaminhou pedido de intervenção ao Ministério Público Estadual para que o Governo do Estado suspenda as aulas presenciais. Até ontem, havia chegado ao conhecimento do sindicato quatro casos confirmados e um suspeito.
“Pode haver muito mais, pois não há testes e ainda tem os casos de doentes assintomáticos transmitindo a doença. Mesmo com recomendação médica, o plano de saúde tem negado a realizar o exame”, afirma a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
Em visita a escolas e conversa com trabalhadores, chegou-se às seguintes unidades:
Lista das Escolas com casos de Covid-19, segundo Sinteam
*1. Maria do Céu Vaz D´Oliveira – Cidade Nova 1 (uma professora)*
*2. Escola Estadual Agenor Ferreira – Av. André Araújo, 99 – Aleixo (um professor)*
*3. Escola Estadual Homero de Miranda Leão – Av. Atroaris, s/n – Cidade Nova (um professor com sintomas e exame recomendado pro 8º dia de sintomas, dia 19)*
*4. CMPM 8 – R. T 8 – Compensa (um professor)*
*5. Escola Estadual Professor Antonio Maurity Monteiro Coelho (um professor)*
*6. Escola Estadual Professor Cleômenes do Carmo Chaves – Jorge Teixeira (aluna sintomática)*
*7. Escola Estadual Dom Milton Correa Pereira – R. 87 – Cidade Nova (um professor)*
*8. Escola Estadual Senador Manoel Severiano Nunes – R. 7 de Abril, 12 – Alvorada 2 (uma professora)*
*9. Escola Estadual Ruy Alencar (uma professora e uma aluna)*
*10. Escola Estadual Luiz Vaz de Camões – Japiim (uma professora)*
*11. Escola Estadual Aldeia do Conhecimento (uma professora)*
*12. Escola Estadual Hilda Ferreira Tribuzy (secretária da escola)*
*13. Escola Estadual Lecyta Fonseca Ramos (uma aluna)*
*14. Escola Estadual Samuel Benchimol – (três casos positivos)*
*15. CMPM 6*
*16. CMPM 7*
*17. Escola Estadual Inspetora Dulcinéia Varela Moura (um merendeiro)*
*18. Escola Estadual Professor Octávio Mourão (uma professora)*
*19. Escola Estadual Eliana de Freitas CMPM VII*
Retorno das aulas com protesto
Desde a última segunda-feira, 10, com o retorno das aulas presenciais, o Sindicato dos professores e pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical), está realizando protestos contra o retorno para a sala de aula.
Para o sindicato, as medidas de segurança anunciadas pelo governo não são suficiente para conter a pandemia com o retorno das aulas.
Os protesto seguiram durante a semana, em frente a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), e com fiscalizações nas escolas após denúncias de casos confirmados de covid-19.
Mandado de Segurança
Por meio de nota nessa quarta-feira, dia 12, o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (AspromSindical) informou deu entrada na Justiça em mandado de segurança para suspender as aulas presenciais nas escolas de Ensino Médio da Seduc.
O mandado argumenta a necessidade de garantir a saúde e a vida dos Professores e alunos pelo fato de a pandemia da Covid19 não estar controlada na Capital Manaus e no Estado e de os dois primeiros dias do retorno das aulas presenciais terem sidos catastrófico nas escolas.
Foram anexadas provas de falta de respeito aos protocolos de segurança pelos alunos e de total falta de fiscalização e controle por parte da Seduc nas escolas.