*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma) voltou a cobrar reforço na segurança dos rios do estado após um novo ataque de piratas a uma embarcação que transportava combustíveis na comunidade Costa do Jatuarana, no rio Amazonas. O episódio, segundo a entidade, evidencia o aumento da violência nas rotas fluviais e o risco de tragédias de grandes proporções.
De acordo com o sindicato, há mais de uma década o setor alerta autoridades estaduais e federais sobre os perigos enfrentados por comboios que transportam combustíveis, alimentos e bebidas, frequentemente alvos de quadrilhas armadas. Os ataques, que incluem confrontos e roubos de cargas, causam prejuízos econômicos e afetam diretamente comunidades ribeirinhas que dependem do comércio fluvial.
Durante reunião do Conselho da Indústria de Defesa da Amazônia (Condefesa Amazônia), em Manaus, o vice-presidente do Sindarma, Madison Nóbrega, afirmou que, embora as balsas agora contem com escoltas armadas, as tentativas de assalto continuam diárias. Ele alertou que os criminosos utilizam armamento pesado, o que representa risco de explosões, mortes e danos ambientais severos.
“Com o apoio da Marinha e das distribuidoras, conseguimos reduzir o número de roubos, mas as investidas não cessaram. Se um tanque for perfurado, as consequências podem ser catastróficas”, afirmou Nóbrega.
O sindicato informou ainda que pretende solicitar autorização para que as equipes de escolta usem armamento mais potente, já que os seguranças contam apenas com revólveres e munição limitada, enquanto as quadrilhas utilizam fuzis e drones. “O que ocorreu na Costa do Jatuarana pode ser o prenúncio de algo muito mais grave”, alertou o dirigente.
