*Da Redação Dia a Dia Notícia
O ex-militar do Exército, Antônio Carlos Lima de Araújo, que estava foragido após ser filmado atirando em Antônio Candeia Oliveira, de 72 anos, morto na cidade de Amapá (AP), se entregou à polícia na segunda-feira (25). Um vídeo mostra o suspeito chegando à delegacia acompanhado de advogados.
O crime ocorreu no último sábado (23), em uma fazenda em Amapá e teve grande repercussão nas redes sociais. Antônio Carlos é cunhado da prefeita eleita do município amapaense, Kelly Lobato (UB). O marido da prefeira, Francisco Canindé, também foi preso suspeito de ter mandado matar a vítima.
De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil do Amapá, as investigações sobre o caso estão sendo conduzidas pelo delegado Stephano Dagher, e informações preliminares apontam que o crime foi premeditado pelo autor dos disparos e pelo dono da propriedade rural.
“No vídeo divulgado, é possível inferir o intuito dos investigados em simular uma eventual legítima defesa, o que foi prontamente descartado durante as investigações. Após o crime, o dono da propriedade apresentou-se à Delegacia de Polícia para comunicar o ocorrido, porém, a análise das circunstâncias levou a prisão em flagrante sob a suspeita de ser o possívelo mandante do crime. O suspeito foi encaminhado à audiência de custódia, onde teve a sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva”, explicou o delegado.
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Ainda segundo a PC-AP, o suspeito de ter efetuado os disparos ficou em silêncio durante interrogatório. Ele foi encaminhado à audiência de custódia e, em seguida, ao Centro de Custódia do Zerão.
“A Polícia Civil segue empenhada nas investigações para esclarecer todas as circunstâncias do crime, incluindo, a eventual participação de outras pessoas que estavam no veículo no momento do crime. Nosso compromisso é garantir que todas as responsabilidades sejam apuradas de forma técnica e imparcial”, finalizou o delegado.
No domingo (24), a prefeita Kelley Lobato publicou em suas redes sociais uma nota de pesar se manifestanto sobre a morte do idoso conhecido como “seu Maranhão” e se colocou à disposição para acompanhar as investigações.
“Independente de quaisquer relações pessoais, reafirmo meu compromisso com os valores de paz, respeito à vida e justiça. Não apoio, em nenhuma circunstância, qualquer forma de violência e confio plenamente nas autoridades competentes para conduzir as investigações e esclarecer os fatos, garantindo que a verdade prevaleça e que a justiça seja feita”, escreveu.
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