*Da Redação Dia a Dia Notícia
José Carlos Menez Correa Júnior, 31, conhecido como ‘Júnior Pionga’, foi preso nesta terça-feira (25) após ter sido investigado pelos crimes de perseguição majorada contra crianças e adolescentes, coação no curso do processo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O professor de jiu-jítsu foi preso no município de Novo Airão (a 115 quilômetros a noroeste de Manaus).
As investigações começaram após denúncias que indicavam que “Júnior Pionga” estaria aliciando suas alunas menores de idade por meio de mensagens, com solicitações inapropriadas e insinuações de cunho sexual. A partir dessas denúncias, ele passou a perseguir e constranger as pessoas envolvidas. Além disso, já responde a dois processos por casos de estupro de vulnerável praticados em 2023.
“A partir de diversas denúncias, verificamos que ele utilizava táticas de intimidação sistêmica, pressionando alunos e até mesmo os pais para que não denunciassem os abusos.” disse o Delegado. a conduta do devedor demonstra um padrão sistêmico de abuso e intimidação a uma criança de 11 anos. Uma das vítimas afirma que ele enviou fotos nuas para o celular da vítima, acompanhadas de ameaças. “Sou faixa preta, posso te quebrar na rua. Ninguém vai acreditar em você”, disse o criminoso. Esse comportamento é sistemático e atinge um adolescente de 13 anos, conforme revelado pela gestora de mídias que acessa as conversas escritas, nas quais o indiciado solicitava fotos íntimas da vítima.
Veja ao vídeo:
As investigações apontaram que Júnior forçava seus alunos a perseguir potenciais vítimas. Em um dos casos, quando uma mãe se opôs à pressão, ela foi agredida com uma coronhada na cabeça e seu filho foi espancado em um ataque separado.
O delegado destacou que o acusado contava com a ajuda de comparsas, alguns dos quais eram ligados a facções criminosas, para intimidar as vítimas. “Ele utilizava uma intimidação sistemática, forçando os alunos a praticar bullying ou a perseguir possíveis vítimas. Quando uma vítima não se submetia à pressão, ele chamava comparsas, incluindo pessoas ligadas a facções criminosas. Em um dos casos, a mãe de uma das vítimas sofreu uma coronhada na cabeça, e, uma semana depois, seu filho foi agredido com dois socos na costela e levou uma surra no meio da rua, sem motivo aparente.” afirmou o delegado.
Após a análise das provas e depoimentos, a Polícia Civil conseguiu a prisão preventiva de Júnior, que permanece detido enquanto as investigações continuam.