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Precisa de remake?

A 94a cerimônia de entrega do Oscar acontecerá no próximo domingo, direto de Los Angeles, com transmissão ao vivo a partir das 21 horas no Brasil pela Globoplay.

O filme com maior quantidade de indicações é Ataque dos cães, da diretora Jane Campion, que acumula 12 indicações. Porém, um que tem crescido nas últimas semanas, abocanhando prêmios que costumam coincidir com as decisões da Academia, é No ritmo do coração, um drama que narra a história de Ruby, a única ouvinte de uma família surda. Ela é intérprete em tempo integral, principalmente de seus pais, que veem nela a conexão necessária para interagirem com o mundo. O sonho de Ruby é ser cantora e a família não consegue compreender o que isso significa para ela.  O filme é um remake do fantástico A família Bélier, lançado em 2014 e sucesso de bilheteria na França.

 

A questão que fica é: Hollywood precisa mesmo fazer remakes de filmes que já são incríveis em suas línguas e seus formatos originais? A sensação que eu tive ao assistir ao No ritmo do coração foi a de uma grande pasteurização: parece que a história passou por uma máquina americanóide, mesmo o enredo sendo o mesmo e as atuações serem ótimas, principalmente a do pai Frank (Troy Kotsur — ator surdo indicado ao Oscar de ator coadjuvante). Os diálogos parecem mais óbvios, as cenas mais explicadinhas, nada fica no ar. O cinema francês tem peculiaridades: focado mais no indivíduo, nas atuações, na linguagem e no simbólico. E remakes acabam aniquilando essas sutilezas que modificam muito a experiência ao assisti-los.

 

Sendo assim, deixo aqui a minha revolta, deixando claro que A família Bélier é muito melhor que No ritmo do coração — se você gostou deste último não tem ideia do que pode ser a cena final do primeiro. Muito mais emocionante e bem-montado. Te convido a tirar a prova já que o filme está disponível na GloboPlay.

 

E, a fim de exaltar o cinema francês e todas suas nuances, deixo aqui mais 5 títulos incríveis, que fazem rir, chorar e refletir e que definitivamente não precisam/precisavam de remake algum:

 

SAMBA

 

Omar Sy é Samba, um imigrante do Senegal que vive há dez anos na França, que se mantém no país trabalhando em pequenos empregos e que tem problemas  com o Ministério do Interior da França. Alice é uma executiva que sofreu da síndrome de burnout e agora trabalha, como parte de seu tratamento, em uma ONG que ajuda imigrantes em situação irregular. As histórias dos dois — ambos sem grandes perspectivas — vão se encontrar e modificá-los para sempre.

Na Netflix e na Globoplay.

AMOR

 

Lançado em 2013 pelo diretor Michael Haneke, a sensível obra narra a história de Georges e Anne, dois idosos apaixonados por arte e, principalmente, um pelo outro. Os desafios da velhice chegam e afetam sua forma de viver e o modo como se relacionam com a filha e o mundo. Uma história emocionante sobre o que guardamos da vida e com quem resolvemos dividi-la.

Na Apple+.

INTOCÁVEIS

 

Um milionário rabugento e tetraplégico contrata um homem da periferia para ser seu acompanhante, mesmo ele não tendo experiência alguma. A relação que começa profissional se transforma numa amizade que mudará a vida dos dois para sempre. Omar Sy é o acompanhante e o filme — sucesso de bilheteria — foi lançado no Brasil em 2012. Por incrível que pareça, já recebeu três remakes: na Índia, na Argentina e nos Estados Unidos.

No Globoplay.

 

POLISSIA

 

O filme/documentário acompanha um grupo especializado da polícia francesa que lida diariamente com crimes que envolvem crianças: prisão de pedófilos, interrogatório de pais abusivos, confronto de adolescentes, entre outros. A vida particular dos policiais acaba sendo deixada de lado, pois é difícil manter o equilíbrio entre o pessoal e o profissional. A dinâmica muda quando uma fotografa, incorporada à revelia à equipe, passa a acompanhar as missões.

No PrimeVideo.

 

MAIS QUE AMIGOS: VIZINHOS

 

Lançado em 2021, acompanhamos o início da quarentena de Covid-19 em Paris por meio dos excêntricos moradores de um prédio, que precisam se adaptar à nova realidade e, de uma forma ou de outra, uns aos outros. Temos a dona de um café, um professor de educação física e sua mulher grávida de 7 meses, um pai que gostaria de ter a inteligência de seu filho de 8 anos, o síndico e muitas outras histórias que misturam medo, amizade e amor. Vemos toda a construção do início da pandemia na tela e ficamos torcendo genuinamente para que o final dessa história seja melhor do que a que temos hoje.

Na  Netflix.  

Heloiza Daou é movida a palavra e um pouco obsessiva. É diretora de marketing na Intrínseca e também mãe do Tomás e da Cora, o job mais insano e amado da vida.

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