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Plínio Valério pede impeachment de ministro do STF e defende limite de dez anos de mandato na corte suprema

O senador tucano defendeu que a casa legislativa mostre sua "superioridade" e vote o impedimento de Alexandre de Moraes
*Da Redação Dia a Dia Notícia
Na sessão deliberativa da última quarta-feira (06/04), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a defender o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Plínio destacou, ainda, o substitutivo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) à PEC 35/2015, que propõe a diminuição do mandato de ministros para 10 anos.
Plínio afirmou que existe cobrança da população para que seja votado o impeachment de ministros do STF.
“Não é coisa de bolsonarista, não é coisa de direitista, não é coisa de radical. É coisa de um senador do Amazonas que representa esse estado aqui nesta Casa. Um senador que tem coragem de assumir uma posição de falar de maus ministros. Chegou a hora do Senado mostrar sua superioridade e votar o impeachment de Alexandre de Moraes, uma tarefa árdua, difícil e delicada, mas necessária”, afirmou o senador.

Plínio anunciou seu apoio ao requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) para ouvir o ministro Alexandre Moraes em audiência pública no Senado para debater a validade dos inquéritos das fake news e dos atos do ministro nos inquéritos.

Tropa de choque contra o STF

Os senadores Eduardo Girão e Jorginho Mello (PL-SC) defenderam o convite ao ministro Alexandre de Moraes para um debate temático no Senado. A pauta seria os inquéritos que investigam a promoção de atos antidemocráticos e o uso de notícias falsas para atacar membros do Judiciário. Tanto Eduardo quanto Jorgiam fizeram parte da chamada “tropa de choque” do governo federal durante a CPI da Covid.

Segundo Girão, o requerimento para convidar Moraes ao Senado Federal foi assinado por 34 parlamentares, sete além do necessário.

“O STF é muito importante para a democracia, para a República. Mas é preciso lembrar que todos eles [os ministros do Supremo Tribunal Federal] tiveram de ser sabatinados e aprovados nesta Casa. Nós temos a chance, no meu modo de entender, de recuperar a imagem do Senado diante da sociedade”, discursou.

Jorginho Mello, por sua vez, afirmou que o convite não é uma provocação ao Supremo Tribunal Federal.

“Essa conversa de que vai machucar, de que vai ferir a relação entre os Poderes, isso é conversa mole. Acho que a gente precisa ter coragem de dar uma demonstração de que o Senado da República quer que ele venha aqui e diga como é que fez, como é que deixou de fazer, porque se ele está respaldado, se está dentro da Constituição, não tem dificuldade nenhuma em vir aqui”, argumentou, reforçando que o requerimento é “um convite respeitoso”.

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Intimidação

Por outro lado, o senador da oposição Rogério Carvalho (PT-SE) defendeu o ministro Alexandre de Moraes. Ele declarou que a atuação do ministro é importante para combater as agressões às instituições democráticas do país. O pestista argumenta que o requerimento de Eduardo Girão é uma tentativa de intimidar o magistrado.

Carvalho destaca que depois que o ministro Alexandre de Moraes mandou prender pessoas que foram às redes sociais ameaçar o símbolo do Poder Judiciário brasileiro, a atuação desses grupos diminuiu. Para o senador, pretende-se desgastar a imagem do ministro às vésperas de uma eleição.

“A agressão às instituições para confundir o eleitorado, para enfraquecer o debate democrático, não pode prevalecer neste momento da história do país, em que é possível retomar o rumo da construção de um país grande, de um país reconhecido no mundo inteiro, de um país que volte a ser um grande protagonista das relações externas, um grande protagonista internacional”, afirmou Rogério.

*informações de Agência Senado

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