Atendendo pedido das instituições financeiras, o Banco Central anunciou nesta sexta-feira (27) uma série de mudanças no PIX, incluindo limite de R$ 1 mil para operações entre 20 horas e 06 horas. O limite também será aplicado em outras transferências, em compras pelo cartão de débito e em TEDs (Transferência Eletrônica Disponível) para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas contra ações de criminosos, como sequestros.
Desde o lançamento da nova modalidade de pagamentos, em novembro de 2020, bandidos tem tirado vantagem do PIX para aplicar golpes ou pedir que a vítima transfira grandes quantias durante roubos ou sequestros. Para dificultar o rastreamento pela polícia, os criminosos usam contas laranjas e pulverizam o dinheiro em várias outras.
O Banco Central também pretende estabelecer um prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para a efetivação de pedido do usuário, feito por canal digital, para aumento de limite nas transações de PIX, TED, DOC (Documento de Ordem de Crédito), transferências intrabancárias, boleto e cartão de débito. Contudo, a instituição não informou quando as novas regras passarão a valer.
Outra mudança é que os clientes poderão cadastrar previamente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mesmo mantendo a quantia máxima baixa para as demais transações. Para evitar que o cadastro seja feito durante um sequestro ou roubo, será estabelecido um prazo mínimo de 24 horas para o registro.
As instituições poderão reter uma operação suspeita com PIX por 30 minutos durante o dia ou 60 minutos à noite para análise de risco.
