O instituto Datafolha publicou uma pesquisa eleitoral na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece em primeiro lugar nas intenções de voto com uma folgada dianteira em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) figura em terceiro lugar.
Na primeira situação da pesquisa estimulada, Lula tem 48% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro possui 22%. Nos representantes da terceira via, Sérgio Moro possui 9%, Ciro Gomes (PDT) tem 7% e João Doria (PSDB) tem 4%. Votos brancos, nulos e que não votam em nenhum dos candidatos somam 8% das respostas, já entre os indecisos o índice é de 2%.
Em cenários alternativos, as intenções se mantêm dentro da margem de erro com Lula pontuando 47% e Bolsonaro, 21%. Moro e Ciro ficam com os mesmos índices, enquanto Doria oscila negativamente para 3%.
Os perfis eleitorais mudam pouco em relação a outras pesquisas. Lula mantém melhor desempenho entre os mais jovens (54%) e mais pobres (56%). A maior aprovação do ex-presidente é de 61% entre moradores do Nordeste.
As maiores avaliações de Bolsonaro estão entre pessoas mais ricas, com 32% de apoio no grupo que ganha entre 5 a 10 salários mínimos e 34% entre quem ganha mais de 10 salários mínimos. No corte regional, seu melhor desempenho é no Sul do país, com 27% das intenções de voto, e no eixo Norte/Centro-Oeste, com 26%.
Xadrez eleitoral
O principal fato que bagunçou o jogo político foi a entrada de Moro na disputa, que aglutinou os votos da chamada terceira via, puxando votos de Bolsonaro, Ciro e parte do grupo de brancos e nulos. Há ainda a possibilidade do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, antigo adversário recém-saído do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ser vice na chapa de Lula pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) ou pelo Solidariedade.
Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro tem acumulado más notícias, apesar de algumas vitórias no Congresso como a aprovação de André Mendonça e da PEC dos Precatórios. A economia tem dado sinais muito negativos com a inflação atingindo mais de 10% e o aumento de juros pelo Banco Central, que pode gerar mais recessão no ano eleitoral de 2022.