Lucas dos Santos, da Redação Dia a Dia Notícia
Um levantamento feito pelo instituto Atlas e divulgado pelo jornal EL PAÍS na última quarta-feira (11) mostrou que 60% dos eleitores afirmaram que votariam em um candidato assumidamente gay para a Presidência da República. O dado foi considerado surpreendente, visto que pesquisas apontam que o Brasil é um dos países onde mais se matam pessoas LGBTQIA+ no mundo, e cujo atual presidente, Jair Bolsonaro, é conhecido por suas declarações homofóbicas.
Por outro lado, 24% das pessoas entrevistadas jamais votariam em um candidato gay. Segundo o instituto, essa parte da população se concentra no eleitorado evangélico, na região Norte e entre os eleitores com baixa escolaridade. Outros 17% não souberam responder à questão.
No Brasil, atualmente, poucos chefes do Executivo em todas as esferas se declaram como LGBTQIA+. Dois casos conhecidos são o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT). A petista, quando questionada, declarou que em sua vida “pública ou privada, nunca existiram armários” e que sempre demarcou suas posições por meio da atuação política, nunca se omitindo “na luta contra o machismo, o racismo, a LGBTfobia e qualquer outro tipo de opressão”.
Apoio a políticos LGBTQIA+
Segundo o AtlasIntel, a aceitação de um candidato gay é substancialmente maior entre as mulheres, com 69% de apoio, enquanto o percentual cai para 50% entre os homens.
Dentro dos segmentos religiosos, o apoio é maior entre membros de outras religiões (76%) e entre ateus e agnósticos (74%).
Quanto a escolaridade, 73% das pessoas com ensino superior apoiariam um candidato gay à presidência.
No recorte regional, o apoio é maior na região Sul (72%), possivelmente por conta da familiaridade com Eduardo Leite, em contrapartida com a Região Norte (34%).
*Com informações de EL PAÍS e Atlas Político