*Da Redação Dia a Dia Notícia
A desinformação e violência contra profissionais da imprensa tem repercutido na rotina desses profissionais, cerca de oito em cada 10 jornalistas afirmam ter mudado seu comportamento na internet nos últimos anos para se proteger de ataques. Os dados são da pesquisa da Gênero e Número e do Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgada no dia 26 de abril.
Mais de 50% das profissionais entrevistadas, afirmaram que a proliferação de ataques nas redes sociais contra a imprensa impactou sua rotina profissional. Além disso, 15% relataram ter desenvolvido algum tipo de problema de saúde mental resultado dos ataques sofridos na internet.
Cerca de um quarto dos jornalistas que foram alvos de violência na internet, afirma ter fechado suas contas em redes sociais, mesmo que temporariamente para se proteger.
A pesquisa aponta ainda que para 93% das jornalistas entrevistadas, a desinformação é um fenômeno grave. Já 55% avaliaram que a desinformação tem um impacto cotidiano em suas rotinas profissionais, e 86% avaliam também que a violência on-line contra a imprensa é relacionado à desinformação.
Em relação aos tipos de violência mais recorrentes, estão conteúdos com xingamentos ou palavras hostis (35%), ataque ao trabalho (34%) e desqualificação do trabalho realizado (33%). Ataques misóginos ou com conotação sexual (19%) também estão presentes, nos quais a agressão é direcionada diretamente à mulher jornalista, tendo como objetivo intimidar, desqualificar e gerar dano a sua reputação.
*Com informações da Agência Bori
