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Omar Aziz e Braga votam a favor de intervenção no DF; Plínio diz ser contra perseguição de inocentes

Arte: Marcus Felipe/Dia a Dia Notícia

*Franciane Silva – Da Redação Dia a Dia Notícia

No fim da manhã desta terça-feira (10), o Senado Federal aprovou o decreto de intervenção federal na área de segurança pública no Distrito Federal, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo após invasões aos Três Poderes. Os senadores do Amazonas, Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD) foram favoráveis ao decreto, já Plínio Valério (PSDB) se demostrou contrário.

Nas redes sociais, Braga registrou seu apoio à votação simbólica, para a intervenção no Distrito Federal. “É importante que nós possamos fazer isso de forma unânime para não só demonstrar simbolicamente a nossa união e o nosso apoio ao combate a esses atos terroristas, de vandalismo, de radicalismo que atenta contra a democracia e que de forma absolutamente inédita entraram no nosso Congresso, entraram no Supremo, no Palácio do Planalto, destruindo o patrimônio público e tentando atingir a nossa democracia e a nossa imagem de um país democrático”, disse o senador.

“Não vão conseguir, nós estamos juntos. A democracia vai vencer e o povo brasileiro vai ser atendido por um governo democrático, que vai gerar emprego e distribuição de renda ao povo brasileiro”, finalizou Braga. 

Já o senador Plínio Valério também utilizou suas redes sociais para explicar porque votou contra a intervenção no DF. De acordo com o parlamentar, o decreto é inconstitucional e que o interventor seria uma pessoa sem nenhuma experiência em segurança. Além disso, afirmou ser contra a perseguição de inocentes, ao se referir aos extremistas presos pela Polícia Federal em Brasília.

“É inconstitucional. Ele (Lula) não ouviu o conselho da república, também não ouviu o conselho de defesa. Portanto, ele é ilegal. Eu não vou atropelar a constituição como faz o ministro do Supremo. Claro que bandido tem que ser tratado como bandido, lugar de bandido é na cadeia. O que foi feito não tem perdão, não tem desculpa, mas também botar um interventor que não entende nada de segurança e sai prendendo todo mundo, querendo um culpado, tá punindo inocentes”. 

“Centenas de pessoas no ginásio em Brasília, sem água, sem banheiro e sem comida. Senhoras de 70, 80 anos e senhores também. Então por eles que eu estou votando contra, porque essa intervenção foi acionada […] E não adianta querer pregar depois que eu sou favorável a bagunça, pelo contrário, repudio toda e qualquer violência, mas lugar de inocente é em casa com a família”. 

Votação

Além de Plínio Valério, outros sete senadores também foram contrários a intervenção, sendo eles Flávio Bolsonaro (PL), Carlos Portinho (PL), Luiz Carlos Heinze (PP), Carlos Viana (PL), Eduardo Girão (Podemos), Styvenson Valentim (Podemos) e Zequinha Marinho (PL).

Na justificativa de seu voto, Flávio Bolsonaro afirmou que considera “muito cedo” para atribuir as responsabilidades da falha de segurança pública no DF. O senador também disse desconfiar da presença de “infiltrados” nas manifestações e não “conhece” o interventor, Roberto Cappelli, para que ele “possa identificar esses infiltrados” e responsabilizá-los caso “pertençam a partidos de esquerda”.

Na abertura da sessão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-AM), discursou pela primeira vez sobre os atos golpistas do domingo. Pacheco afirmou que os responsáveis são uma “minoria antidemocrática e golpista” e que não representam a vontade do povo brasileiro.

“Essa minoria golpista não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos”, afirmou Pacheco.

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