*Da Redação Dia a Dia Notícia
Desde 2022, ano em que foi promulgado o atual Código Civil, caiu em 30% o número de mulheres que decidem adicionar os sobrenomes do marido aos seus nomes após matrimônios entre homens e mulheres no Brasil.
A informação é um levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) com dados dos Cartórios de Registro Civil do país. Em 2022, 50,5% dos casais preferiu manter os nomes originais de família após a união civil.
O percentual de mulheres que adotavam o sobrenome do marido no casamento era de 59,2% em 2002. A partir de então iniciou-se uma queda desta opção. Entre 2002 e 2010, a média de mulheres que optavam por acrescer o sobrenome do marido passou a representar 52,5% – percentual que foi para 45% entre 2011 e 2020. Não há dados da mudança de sobrenome pós-união civil para casais do mesmo gênero.
O contrário – a adição dos sobrenomes das esposas pelos maridos com o matrimônio – ainda não teve ampla adesão, com um percentual de 0,7% em 2022. Essa taxa atingiu seu máximo em 2005, em 2% dos matrimônios. Diferentemente, a mudança dos sobrenomes pelos dois cônjuges representou, em 2022, 7,3% das escolhas, tendo atingido seu pico em 2014, quando chegou a 13,8% dos registros dos sobrenomes pós-matrimônio.