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No dia das mulheres, deputado Nikolas Ferreira usa peruca e ironiza mulheres trans: ‘hoje me sinto mulher’

Foto: Reprodução

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Nesta quarta-feira (8), em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou uma peruca no plenário da Câmara dos Deputados e disse se chamar ‘deputada Nicole’, como forma de ironizar mulheres trans. Em tom de deboche, o parlamentar disse que se sentia também uma mulher e que, por isso, tinha lugar de fala na data comemorativa.

“Hoje, é o Dia internacional das mulheres, a esquerda disse que eu não poderia falar pois eu não estava no meu local de fala. Então eu solucionei esse problema aqui. Hoje eu me sinto mulher. Deputada Nicole. E eu tenho algo aqui muito interessante para poder falar. As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres. E para vocês terem ideia do perigo de tudo isso, vocês podem perguntar, qual o perigo disso, deputada Nicole. Sabe por quê? Por que eles estão querendo colocar uma imposição de uma realidade que não é a realidade”, afirmou Nikolas Ferreira no discurso, para o choque dos demais parlamentares. 

O deputado mineiro passou, então, a disparar contra mulheres trans, mesmo dizendo que poderia ir para a cadeia se fosse condenado pela prática de transfobia.

“Eu por exemplo posso ir para a cadeia, deputado, caso eu seja condenado por transfobia. E por quê? Por que eu xinguei, eu pedi pra matar? Não. Pois no dia Internacional das Mulheres, há dois anos, eu parabenizei as mulheres XX. Ou seja, é uma imposição. Ou você concorda com o que eles estão dizendo, ou caso contrário você é um transfóbico, homofóbico e preconceituoso”, disse.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já entendeu que se aplica aos casos de homofobia e transfobia a Lei do Racismo (Lei 7.716/1989), que prevê pena de um a três anos de reclusão e multa para quem incorrer nessa conduta.

Em fevereiro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) acatou recurso do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e determinou que o deputado federal responda por injúria racial contra a também deputada Duda Salabert (PDT-MG) justamente por suposta prática de transfobia. A pena neste caso pode chegar a três anos de prisão. Duda Salabert apresentou a queixa após o parlamentar ter afirmado, em entrevista em dezembro de 2020, que iria se referir a ela apenas como “ele”.

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