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No cenário político, mulheres ainda são minoria e enfrentam desafios

*Franciane Silva da Redação Dia a Dia Notícia 

Mesmo representando mais de 51,8% da população e mais de 52% do eleitorado, as mulheres ainda são minoria no cenário político e enfrentam diversos desafios. No Amazonas, o percentual de mulheres que ocupam cargos legislativos ainda é pequeno, tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Municipal de Manaus. Já na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o Amazonas não possui nenhuma representante feminina.

Dos 24 deputados estaduais que o estado possui, apenas quatro são mulheres, representando apenas 16,6% na Aleam, são elas Dra. Mayara (Progressistas), Therezinha Ruiz (PSDB), Joana Darc (PL) e Nejmi Aziz (PSD). Também na CMM, dos 41 vereadores em exercício, apenas quatro são mulheres representando apenas 9,8% dos parlamentares, são elas Glória Carratte (PL), Profª Jacqueline (Podemos), Thaysa Lippy (Progressistas) e Yomara Lins (PRTB).

Atualmente, há uma regra que que define um percentual mínimo de 30% de mulheres nos partidos políticos para que os mesmos disputem eleições. A lei nº 9.504/1997, estabelece que cada partido ou coligação deve reservar cerca de 30% de suas vagas para candidaturas femininas.

 

Em entrevista ao Dia a Dia, a economista e ex-deputada federal pelo Amazonas, Rebecca Garcia, argumentou que a política ainda é um ambiente muito machista, onde homens decidem o futuro das mulheres.

“Para a grande maioria dos políticos, a mulher nunca está no momento exato para exercer determinados cargos, ou é jovem demais, ou velha demais, ou vem de uma região com pouca representatividade. Em alguns momentos me deparei com situações assim, mas como a maioria das mulheres que se encontram na política, ignorei e segui em frente”, disse a ex-deputada.

Atualmente, Rebecca Garcia está afastada do cenário político, atuando como diretora da Indústria GBR Componentes da Amazônia. Questionada sobre um possível retorno à política, Rebecca diz que “quem sabe um dia, mas por enquanto torcendo por mais mulheres para nos representar”.

Também em entrevista ao Dia a Dia, a jornalista e também ex-deputada federal, Conceição Sampaio, destacou que as candidaturas de mulheres nem sempre são encaradas nos partidos como candidaturas que mereçam receber investimentos necessários para que se torne uma candidatura competitiva.

“Nós temos no Brasil seis milhões de mulheres a mais do que a quantidade de homens, só que quando a gente analisa os cargos eletivos, as mulheres estão em desvantagem. Então os homens ocupam duas vezes mais esses cargos, tanto no parlamento quanto também no executivo”, indagou Conceição Sampaio.

Para a ex-deputada, ser mulher na política é ser uma desbravadora permanente.”É entender o nosso papel como protagonista, como quem luta para transformar a sociedade em que vive, trazendo pra essa sociedade uma igualdade, uma fraternidade […] Ser mulher na política é entender quantas outras tiveram que perder suas vidas para que nós tivéssemos essa oportunidade”, frisou a ex-deputada.

Conceição Sampaio destaca ainda que, um preconceito que sempre procurou combater, está relacionado as pautas femininas só estarem em evidência no mês de março.

“Como se a gente pudesse só falar do câncer de colo de útero, esperar março chegar pra gente mostrar a gravidade que muitas mulheres continuam sofrendo no nosso país por falta da prevenção por falta do diagnóstico preciso e do início do tratamento. Então esse é um tipo de preconceito as mulheres brasileiras que nós presenciamos inclusive nas casas onde são feitas as nossas leis”, disse Conceição Sampaio.

 

Para o Filósofo, Sérgio Bruno, mesmo diante de situações que evidenciam a importância da mulher na sociedade, ainda nos deparamos com estatísticas desfavoráveis quanto à participação das mulheres no cenário político e social. Mesmo que represente 52% da população, as mulheres ocupam apenas 15% dos cargos políticos.

“Porque tudo para as mulheres em nossa sociedade é tão difícil? Porque tudo exige mais sacrifícios da mulher? Vivemos em mundo social que não foi pensado para as mulheres brilharem. Este mundo é dos homens, feito para eles, e para que eles sejam heróis. A estrutura social favorece os homens em todos os sentidos. E não às mulheres, não ao sexo frágil”, destacou o Filósofo.

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