*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O documentário “Para Sempre Paquitas” da Globoplay estreou na plataforma na segunda-feira (16) e um trecho tem gerado repercussão nas redes sociais. Isso porque algumas paquitas – ex-assistentes de palco da apresentadora Xuxa Meneghel, contaram sobre os constrangimentos que Marlene Mattos, a antiga empresária da apresentadora, as faziam passar, entre eles, pesagens e pedidos para tirar a roupa na frente dela. Na época, todas eram adolescentes.
Conforme depoimento das ajudantes de palco de Xuxa da primeira geração, que na época dos acontecimentos tinham idades entre 9 e 14 anos, elas eram chamadas de ‘p***inhas’ por Mattos. “Teve um momento específico em que eu realmente me senti humilhada e sem saber como agir. Essa é uma lembrança muito dura, muito cruel”, revelou a ex-paquita e atriz Bianca Rinaldi.
Priscilla Couto, conhecida como Catuxita, também comentou sobre a pressão estética que todas elas sofriam, principalmente, com as cobranças de Marlene Mattos. “Para variar eu já sabia que ia levar um ‘esporrão’, né? Porque todo esse negócio de gordura… E a Marlene: ‘Eu dou uma semana para vocês emagrecerem’. Eu já estava acostumada aquele tipo de esporro da Marlene”, revelou.
Diretora da série documental, Ana Paula Guimarães se emocionou ao falar dos abusos sofridos na época. “É você se acostuma com esse tipo de abuso e achar que é normal”. “É realmente muito humilhante”, completou Bianca.
Tirar a roupa
Durante a conversa entre as ex-paquitas, elas comentaram sobre os pedidos de Marlene Mattos para que elas tirassem as roupas para ver se elas haviam engordado.
“Sempre tinha essa questão de, em janeiro, ela querer ver o corpo da gente… Mas aí é uma situação delicada que eu não gostaria nem de falar. Isso é chato”, comentou Roberta Cipriani. “Eu fui a única que não tirei a roupa, porque ela me disse: ‘Você não precisa’. Mas eu via as minhas amigas. Não é menos constrangedor”, afirmou a atriz Juliana Baroni.
Resposta
Após as críticas, Marlene Mattos, 74, disse na terça-feira (17), que ainda vai assistir à série documental. “Não vi, mas pretendo ver quando tiver tempo”, afirmou ela ao jornal Extra. A diretora se recusou a falar sobre os comentários feitos por ex-paquitas sobre ela. “Não vi, portanto não falo do que não vi”, respondeu.
Sobre a série:
‘O público vai se surpreender muito com esse documentário, porque tem temas ali que as pessoas não fazem ideia de que existam. Situações que aconteceram que a gente, como telespectador, não tinha como enxergar pela televisão, porque elas aconteciam ali, nos bastidores’, explica o roteirista Paulo Mario Martins.
Ana Paula Guimarães, idealizadora e diretora artística do documentário, conta que, já no primeiro episódio, o público vai se surpreender com algumas rivalidades. ‘A gente achava que era bobeira, mas que para quem passa não é bobeira, não é?’
‘Eu chegava em casa e chorava sozinha. Eu não contava para ninguém porque eu tinha medo de que me tirassem dali, entendeu?’, revela Tatiana Maranhão.
Ana Paula comenta ainda sobre o desafio de dirigir o projeto: ‘Foi transformador. Eu entrei uma pessoa e estou saindo outra’.